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Diário da Amazônia

Boias flutuantes garantem segurança às estruturas da usina

Para evitar que as madeiras cheguem até as grades das tomadas d’agua da usina, foi idealizado um projeto de barreiras flutuantes

Por Assessoria
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Publicado: 19/07/2017 às 07h15min

Barreira tem extensão de 5.800 metros, interligadas umas às outras por painéis metálicos

Devido às características únicas do rio Madeira, que além de transportar em suas águas muito sedimento sólido, também transporta à estrutura da hidrelétrica e, ao mesmo tempo, permitisse a transposição desse material pela barragem, garantindo a continuidade do ciclo natural desses troncos e galhadas que dessem até o rio Amazonas. Isso fez com que fosse desenvolvido um mecanismo que garantisse a geração e a entrega da energia não seja interrompida.

Para evitar que as madeiras cheguem até as grades das tomadas d’agua da usina, engenheiros e técnicos da Santo Antônio Energia, juntamente com empresas especialistas idealizaram e desenvolveram projeto, e instalaram barreiras flutuantes, tipo log boom, por meio de boias, interligadas por estruturas em aço, ancoradas em blocos e pilares de concreto dentro do reservatório. Tais instalações tiveram início em 2011 e somente no ano passado foram concluídas todas as etapas de acordo com o cronograma prévio, que acompanhou a entrada gradual das 50 turbinas da hidrelétrica.

Essas estruturas têm o principal objetivo de proteger as turbinas e, desta forma, garantir que elas permaneçam gerando energia ao País, sem prejudicar os equipamentos que poderiam ser atingidos por troncos que descem o rio principalmente na época da cheia.

O Sistema de Manejo de Troncos (de SMT) é composto por uma série de boias preenchidas com poliuretano, numa extensão de 5.800 metros, interligadas umas às outras por painéis metálicos, que por sua vez formam linhas de proteção e ficam ancoradas em varias estruturas de concreto no reservatório da hidrelétrica. Estas boias ficam fixadas em estruturas em formato de gaiolas que suportam o peso das grades metálicas podendo alcançar até quatro metros de profundidade a partir do nível d’agua.

Diariamente é feito trabalho preventivo de manutenção na estrutura do log boom que consiste na retirada de troncos, galhos e vegetação que ficam presos na estrutura. O material é direcionado para um local que permite a transposição denominado vertedouro de troncos e desta forma, devolvendo ao rio Madeira e garantindo o ciclo de vida destes materiais carreados pelo rio.​



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