Rinaldo e Neuza afirmam que não têm mais a quem recorrer para solucionar o problema J. Nogueira/Diário da Amazônia
Moradores dos conjuntos residenciais Bosque dos Ipês I e II, no 1º distrito de Ji-Paraná reclamam da falta de atenção por parte do Poder Público. Entre os problemas, está a ausência de sinalização de trânsito com placas e redutores de velocidade, escola, unidade de saúde e a rede de esgoto entupida causando mau cheiro. Segundo os residentes, os problemas já teriam sido levados ao conhecimento das autoridades, mas até o momento nenhuma providência teria sido tomada.
Rinaldo Gonçalves, morador do Bosque dos Ipês I relatou que entre tantos problemas existentes, o pior é a questão da rede de esgoto que nunca se resolve. Em várias ruas do residencial a canalização que é de 150/ml, segundo ele, é insuficiente para receber o volume de dejetos. Em decorrência dessa deficiência, o material do esgoto acaba sendo jogado em um córrego que divide os dois conjuntos residências, causando grande prejuízo para o meio ambiente. “Já procuramos a Secretaria de Meio Ambiente e a resposta que obtivemos é que esse problema não seria de sua responsabilidade”, afirmou.
Neuza Rodrigues, moradora de uma das vias do conjunto, também reclama do mau cheiro vindo de dejetos da rede de esgoto. Segundo ela, seus filhos já teriam ficado doentes em consequência desse problema. E, ela foi ainda mais crítica. “O asfalto que fizeram é de péssima qualidade, a sinalização nunca existiu aqui, vários pontos do residencial serve para reunião de usuários de drogas e o transporte coletivo ainda não chegou”, disse.
Nova estação
Em contato com a secretária de Meio Ambiente, Kátia Casula, ela informou que realmente o município ainda não pode atuar de forma direta dentro dos conjuntos residenciais Bosques dos Ipês I e II. Isso porque em decorrência da obra ainda não ter sido repassada ao domínio da administração municipal. Mesmo assim, a Semeia já teria autuado a construtora por várias vezes.
Kátia Casula ainda informou que a Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pela liberação do recurso para a construção das residências, possivelmente por deficiência, já teria reincindido o contrato com a Construtora e que a própria CEF além da Semeia, Argeji e Ministério Público (MP) teriam constatado, durante vistoria, que a estação de tratamento não seria suficiente para atender à demanda dos dois conjuntos e o problema da rede de esgoto somente será solucionado, com a construção de uma nova estação de tratamento. “Além de não comportar toda a demanda, ainda existiu a falta de manutenção adequada. Vamos notificar a CEF para sabemos que providências serão tomadas, o quanto antes”, concluiu. Em decorrência, da grave dos bancos, o Diário não conseguiu contato com a CEF de Ji-Paraná para comentar o assunto.
