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Diário da Amazônia

Cacoalenses são alvo de vírus digital

Desde abril deste ano, foram detectados diversos casos em que um novo vírus altera código de barra de boletos para desviar dinheiro de..

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Publicado: 05/08/2014 às 19h15min | Atualizado 28/04/2015 às 08h16min

A2-Wandresson Castro

Wandresson Castro disse que prefere fazer o pagamento dos boletos do jeito tradicional

Desde abril deste ano, foram detectados diversos casos em que um novo vírus altera código de barra de boletos para desviar dinheiro de pagamentos. Depois de apresentar ataques em várias regiões do Brasil, o malware — que significa software malicioso — faz vítimas em Cacoal.
O primeiro caso ocorreu no último mês e foi percebido pela direção da faculdade Unesc. “Para oferecer segurança aos acadêmicos, fizemos alerta na internet e divulgamos para professores e funcionários, além de publicarmos em nossas redes sociais”, disse Fhariz Gibran Cury, diretor administrativo da Unesc.

Depois da comprovação de prejuízos financeiros com o pagamento de boletos alterados pelo vírus, a atenção teve de ser redobrada. “Abrir páginas e visualizar links desconhecidos nunca mais”, expôs a enfermeira Julia Mendonça que teve que pagar duas vezes o boleto de seu curso de especialização por conta do ataque.

“Ainda tive problemas na minha conta bancária que foi invadida e o prejuízo ultrapassou R$ 10 mil”, contou ainda informando que depois de identificar a origem da transação, agora conta com ajuda de um advogado para ressarcimento junto ao banco.
O vírus que rouba senhas de e-mails e redes sociais de clientes é considerado por sites especializados como uma praga virtual e ainda está em aperfeiçoamento.

Conforme a explicação do técnico Adriano Louback, o vírus ataca boletos bancários visualizados em navegadores web, alterando os números de suas linhas digitáveis para desviar o valor do boleto pago para outra conta.

Além disso, cria vazios entre as barras do código de barras, para que este não funcione e o usuário seja obrigado a digitar os números, que aparecem já alterados.“Manter atualizado o antivírus das máquinas em que são utilizadas senhas para proteção de contas é o mais indicado”, aconselhou.

“Quando comecei a ouvir falar de casos de pessoas que estavam sendo vítimas deste tipo de crime parei de fazer os pagamentos”, disse a funcionária pública Cecília Lucena, que pagava mensalmente suas contas pelos boletos bancários na internet – contas de luz, condomínio e telefone, por precaução não continuou as operações. Agora só no caixa eletrônico e algumas autorizações de débito em conta.

“A tecnologia ainda é falha. Prefiro fazer os pagamentos no método tradicional”, expôs o designer Wandreson Castro explicando que recebe ligações rotineiramente de pessoas em busca de autorização para débito em conta ou outras transações, mas nunca cedeu, usa o método tradicional para pagamentos.

Precaução é o principal nos casos

Grande parte dos portais especializados em transações virtuais destaca que o vírus desativa os softwares de segurança dos bancos e se ativa para iniciar juntamente do computador. Por isso, a sugestão é verificar quais softwares estão ativos no seu computador. Para tanto, bastar ativar o gerenciador de tarefas (alt+ctr+Del) e ver a lista de “processos”. Caso encontre algum aplicativo desconhecido em funcionamento, procure se informar e evite fazer transações bancárias.

Conforme especialistas, fazer o download dos boletos, em vez de visualizá-los no browser, pode ser mais seguro. Isso porque, seguindo as orientações de precaução, a alteração do código de barras se dá por meio da inserção de um caractere específico (““ ”) que altera o código HTML da página web onde é exibido o boleto. Fazendo o download do arquivo original, o código não pode ser alterado, a menos que a praga consiga se atualizar para ativar alguma funcionalidade que permita isso.



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