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Diário da Amazônia

Câmara analisa norma que gerou aumento na conta de energia

No caso dos consumidores conectados à rede de baixa tensão – que atende residências e pequenos comércios –, o aumento chegou a 8,84%.

Por Agência Câmara
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Publicado: 06/03/2018 às 08h53min

Marcos Rogério disse que o aumento chegou a 8,84%

A Câmara dos Deputados vai analisar nos próximos dias projeto de decreto legislativo, do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que susta a Resolução Homologatória nº 2.350/17, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que reajustou em média de 8,27% a tarifa de energia elétrica em Rondônia. No caso dos consumidores conectados à rede de baixa tensão – que atende residências e pequenos comércios –, o aumento chegou a 8,84%.

A proposta será analisada inicialmente nas comissões de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania; e depois no plenário da Câmara.

Segundo a Aneel, o cálculo para o percentual de reajuste levou em conta custos de aquisição e transmissão de energia elétrica, bem como os encargos setoriais.

A Constituição dá ao Congresso o poder de sustar atos do Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou os limites previstos na legislação.

O deputado questiona os números utilizados pela agência reguladora, afirmando que entre os componentes que levaram ao aumento, salta aos olhos a espantosa variação positiva de 158.674,30% nos custos de transmissão na rede básica.

Esta variação foi motivada pela aplicação, no cálculo da tarifa de Rondônia, de uma portaria do Ministério de Minas e Energia (nº 120/16). Para o deputado, a aplicação da portaria é ilegal, pois obriga que a tarifa cubra custos de transmissão não previstos na Lei 12.783/13, que trata da prorrogação das concessões de geração de energia elétrica e de encargos setoriais.

De acordo com Marcos Rogério, a portaria determinou a inclusão nas tarifas dos consumidores de um custo total da ordem de R$ 62,2 bilhões. “O reajuste da Aneel contempla custos que não devem ser pagos pelos consumidores de energia elétrica, como tem sido reiteradamente decidido em ações judiciais”, afirmou o parlamentar.



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