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Diário da Amazônia

Censipam lança sistema de alerta

O sistema detecta a retirada da vegetação florestal em estágio inicial

Por Débora Sampaio Cesipam
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Publicado: 25/02/2018 às 06h40min

O objetivo do sistema é ampliar a capacidade de identificar o desmatamento

O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão subordinado ao Ministério da Defesa (MD), lançou, nesta quarta-feira (21), o Sistema Integrado de Alertas de Desmatamento (SopamSar), capaz de detectar a retirada da vegetação florestal em seu estágio inicial e outros atos ilícitos que possam ocorrer na Amazônia Legal, utilizando dados de sensores orbitais de Radar de Abertura Sintética (SAR). O objetivo do sistema é ampliar a capacidade de identificar o desmatamento para promover a proteção da área.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, participou da solenidade de lançamento, realizada no Censipam, em Brasília, que também contou com o secretário-geral do MD, Joaquim Silva e Luna, o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira Costa, o diretor-geral do Censipam, Rogério Guedes, e a Bancada Parlamentar da Amazônia.

Ao falar sobre o SipamSar, o ministro Raul Jungmann destacou a importância do Sistema para a proteção do meio ambiente que, segundo ele, deve ser uma preocupação primordial, e agradeceu a pela atuação do Censipam no desenvolvimento do Sistema e a colaboração dos órgãos e agências envolvidos, tais como: Ibama, Polícia Federal e Forças Armadas.

“O SipamSar vai permitir uma revolução na defesa da natureza e da Amazônia. Nós ganhamos aqui um guardião da Amazônia”. Esse é um grande presente para a natureza, para a Amazônia, para o Brasil e para o mundo”, destacou.

Durante o evento de lançamento do novo sistema, o assessor técnico militar do Censipam, Miguel Archanjo, apresentou o sistema e sua forma de atuação. Ele também destacou os próximos passos a serem adotados pelo Censipam em relação ao SipamSar, como a implantação, a partir de 2019, da Estação de Recepção e Gravação (ERG). O Censipam passará a receber os dados SAR diretamente em sua infraestrutura, que contará com duas antenas de rastreio, uma de 11,3m instalada em Brasília e uma de 7,3m instalada em Manaus.

Desta forma, o tempo entre a coleta da imagem e a emissão do alerta de desmatamento tende a diminuir, uma vez que o dado coletado pelo satélite será imediatamente descarregado em uma das antenas do sistema e entrará no fluxo de trabalho, que hoje está em operação no Censipam.

A necessidade do uso do novo sistema surgiu porque a Amazônia tem como característica a grande presença de cobertura de nuvens e a ocorrência de chuvas durante os meses de outubro a abril. Neste período, os sensores ópticos, amplamente utilizados para o monitoramento da cobertura vegetal, sofrem a interferência das nuvens, o que, muitas vezes, impede a obtenção das imagens da superfície para a análise do desmatamento.

“Os alertas de desmatamento que são obtidos com o SipamSar vão subsidiar os órgãos responsáveis pelas ações de fiscalização como o Ibama, ICMBio e as secretarias de meio ambiente nos Estados da Amazônia Legal”, explicou a coordenadora-geral de operações, da Diretoria de Produtos do Censipam, Edleuza Nogueira.

Desde 2016, a área monitorada pelo Censipam nos Estados da Amazônia Legal é 300 mil km² mensalmente entre o período e já foram analisadas 2.858 imagens e identificados 20.048 alertas de desmatamento, totalizando 378.572 hectares de área desmatada.

Onu saúda concessão a detentas

A ONU Mulheres, órgão ligado ao secretariado da Comissão da Organização das Nações Unidas sobre a Situação das Mulheres (CSW), saudou, em nota pública, a decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal de que mulheres grávidas ou com filho de até de 12 anos, ou mães de filhos deficientes que estejam presas preventivamente têm direito de ir para a prisão domiciliar.
Ao menos 4 mil mulheres podem ser beneficiadas com a determinação.

A decisão foi tomada na terça-feira, dia 20, em um pedido da Defensoria Pública da União. O ministro relator do caso, Ricardo Lewandowski, determinou que fosse imediata a transferência das presas cujos nomes foram relatados ao processo no Supremo, através do Departamento Penitenciário Nacional.

Para outras detentas que estejam na situação, os tribunais federais e estaduais devem dar cumprimento às determinações estabelecidas pelo supremo em 60 dias. (ESTADÃO)



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