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Diário da Amazônia

Cirone Deiro atribui agravamento da crise na saúde ao secretário Fernando Máximo

O deputado Cirone Deiró manifestou preocupação diante das recentes declarações do secretário de saúde, Fernando Máximo informando..

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Publicado: 05/06/2020 às 14h15min | Atualizado 05/06/2020 às 14h45min

O deputado Cirone Deiró manifestou preocupação diante das recentes declarações do secretário de saúde, Fernando Máximo informando que o sistema de saúde de Rondônia, colapsou. Segundo relatos do secretário, não há mais vagas em leitos de UTIs na rede pública e privada, faltam respiradores e recursos humanos, agravado pela falta de estrutura no sistema de saúde. Em nota o Sindicato Médico do Estado de Rondônia, manifestou preocupação com os a gravidade dos fatos e atribuiu o agravamento no sistema de saúde como sendo consequência das equivocadas políticas para o setor adotadas pelo secretário Fernando Máximo.

O agravamento da situação já chegou aos municípios do interior. Nesta sexta-feira (05), o deputado Cirone Deiró foi informado que os serviços do Hospital de Urgência e Emergência – Heuro e do Hospital Regional também entraram em colapso. A crise no sistema de saúde se agravou diante do crescente números de pacientes infectados pela Covid-19, nos municípios do interior. O deputado responsabilizou o secretário Fernando Máximo pela falta de comprometimento e planejamento para o enfrentamento do problema. Cirone lembrou que desde o mês de março alertou o titular da saúde sobre a necessidade de realizar investimentos e estruturar a macro região 2, formada pelo complexo hospitalar de Cacoal, referência para atender uma população de mais de 800 mil pessoas dos municípios da região central e Zona da Mata.

De acordo com o parlamentar, até o momento foram disponibilizados apenas 20 leitos clínicos para atender pacientes em tratamento da Covid, sendo que 11 desses leitos já estão ocupados. Para o atendimento dos pacientes que necessitam de UTI foram disponibilizados apenas 16 leitos, sendo que 12 já estão ocupados. E outros quatros não podem ser utilizados porque não tem bomba de infusão. Um dos leitos de UTI infantil também não funcionam porque não tem bomba de infusão. “Esses são alguns dos muitos exemplos do descaso do secretário de saúde Fernando Máximo com a saúde da população de Cacoal e todos os municípios dessa região”, afirmou o deputado, ao manifestar sua indignação com a gravidade da situação na saúde.

Cirone Deiró reconheceu o esforço e comprometimento dos gestores do Heuro e do Hospital Regional, especialmente dos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares e todos os servidores que estão se desdobrando para prestar um serviço de qualidade aos pacientes que procuram por atendimento. “Infelizmente, a secretaria de saúde não mandou os recursos quando apresentamos as necessidades para criar uma estrutura de atendimento aos pacientes da Covid, nem tão pouco contratou os profissionais necessários para atender a grande demanda. É lamentável que em nenhum momento foi incluído a macro região 2 como estratégica para o atendimento aos pacientes da Covid”, alertou.

Diante da gravidade da situação, o deputado Cirone Deiró pediu ao presidente Laerte Gomes e demais parlamentares que participem desse esforço para sensibilizar o secretário Fernando Máximo sobre a necessidade urgente de criar em Cacoal uma estrutura de atendimento aos pacientes da Covid-19. Cirone lamentou que o titular da pasta da saúde tenha dedicado mais tempo a fazer lives e fazer promessas vazias para a população. “Percebe-se que essa estratégia do secretário não está funcionando, porque as vagas de leitos hospitalares e de UTIs que foram prometidas ainda não foram entregues, estamos sendo conduzidos pelos fatos, pela absoluta falta de planejamento e compromisso com a saúde da população”, desabafou.

Para o deputado Cirone Deiró uma crise dessa dimensão não permite amadorismo e nem improvisação. Segundo ele, por mais de uma vez, o secretário já demonstrou falta de habilidade para as respostas necessárias ao enfrentamento da crise da Covid. “Se ele quer centralizar, se ele não tem competência, ele tem que chegar para o governador e dizer que não dá conta de administrar a pasta nesse momento de crise, onde as decisões devem ser rápidas e assertivas. Assim, ele libera o governador para procurar uma pessoa que vai dar as respostas que a sociedade clama. A toda hora ele fica gravando live dizendo que está tudo bem, enganando a população. Prova disso, é o caos que está se instalando no setor de saúde. E agora? depois de tantas lives, o que nos resta? Indagou o parlamentar.

Fonte: Assessoria



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