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Diário da Amazônia

Conduta de Edilson Alencar é investigada pela Câmara

Uma caminhonete foi furtada na Capital enquanto o prefeito de Médici participava de evento.

Por J. Nogueira
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Publicado: 28/03/2019 às 08h10min

Uma Comissão Processante foi criada na última semana pela Câmara Municipal de Presidente Médici, município distante 346 quilômetros da Capital, Porto Vellho. O objetivo é investigar a conduta do prefeito Edilson Alencar (PSDB) que estava acompanhado do ex-chefe de gabinete Ronaldo do Estrela, atualmente, secretário de Obras do município quando na Capital do Estado, usando um veículo da frota da prefeitura em uma convenção eleitoral no ano passado.

A Comissão Processante da Câmara Municipal de Presidente Médici inicia os trabalhos. – Foto: Divulgação

De acordo com a presidência da comissão, caso comprovado a má conduta do chefe do Executivo, o prefeito poderá sofrer penalidade que pode ser desde o seu afastamento por tempo determinado até a cassação do mandato.
Edilson Alencar, dias após o furto da caminhonete modelo Hilux de cor branca, chegou divulgar uma Nota Oficial no Portal da Transparência do município confirmando o furto do referido veículo. Ao Poder Legislativo, a presença do prefeito usando o veículo caracterizaria uso com fins pessoais. O caso, na época, foi bastante repercutido e gerou muitas críticas por parte do Legislativo e da própria comunidade.

Ontem (27), a presidente do Poder Legislativo, Maria Custódio, confirmou ao Diário a criação da Comissão Processante para apurar as responsabilidades no caso da caminhonete furtada, em pleno período eleitoral. Segundo na primeira discussão em plenário, foi lido o relatório do documento encaminhado pelo Executivo, resultado de uma sindicância interna realizada pelo mesmo motivo. “Esse documento, também já foi encaminhado para o Ministério Público tomar as devidas providências”, declarou.

Formação da Comissão

A Comissão Processante foi criada na mesma sessão em que o relatório do Executivo foi apresentado. A comissão é formada pelos vereador/presidente, Gesael Alves (PSDB – mesmo partido do prefeito), Anderson Brito/relator (MDB – mesmo partido do vice-prefeito) e Antônio Bezerra (PV), membro. Maria de Custódio também confirmou que o prefeito já foi notificado e têm 10 dias para apresentar a sua defesa. Em caso das justificativas não serem aceitas pela comissão, esta poderá propor várias penalidades, entre as quais, afastamento do cargo por determinado período e até mesmo a cassação do mandato, além do ressarcimento do bem público, no caso a caminhonete furtada que ainda não teria sido recuperada.

Em contado com o Diário, Edilson Alencar afirmou que está tranquilo que o caso também é investigado pela Polícia Civil, já tendo ele prestado todos os esclarecimentos sobre o fato.



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