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Diário da Amazônia

Congresso não aceita aumento de impostos

A garantia foi dada pelo presidente do Senado, Eunício Bueno em reunião no Palácio do Jaburu.

Por Agência Senado e UOL
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Publicado: 15/08/2017 às 06h40min

Parlamentares não concordam com proposta, e Temer desiste de aumentar impostos

Em reunião na noite de domingo, no Palácio do Jaburu com o presidente Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles e do Planejamento, Dyogo Oliveira, o presidente do Senado, Eunício Bueno disse que desde quinta-feira os parlamentares vêm ponderando e dizendo que não aceitam a criação de novos impostos ou aumento dos já existentes. O presidente Michel Temer compreendeu que seria uma alternativa difícil de aprovar e abriu mão desta opção.

No encontro foram fechadas as novas metas fiscais, os cortes de gastos governamentais e, principalmente, a desistência de aumentar tributos, diante do fato de o presidente do Senado reiterar que o Congresso Nacional não aprovará a alternativa.
Eunício afirmou que o convencimento da equipe econômica do governo de abrir mão de novas fontes de receitas para cobrir o déficit não foi fácil.

Meta fiscal

Um impasse entre as áreas econômica e política em torno do déficit da União fez com que o governo adiasse o anúncio da revisão das metas deste ano e de 2018. O Ministério da Fazenda defende que ambas sejam de R$ 159 bilhões, mas uma ala do governo quer que sejam ampliadas para cerca de R$ 170 bilhões.

A definição das metas em R$ 159 bilhões já tinha sido resultado de muitas negociações entre a equipe econômica e a equipe política de Temer na semana passada.

Na sexta-feira, o governo tinha praticamente acertado ampliar o déficit deste ano de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões e, para o próximo ano, de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões.

Nas reuniões de ontem, no Palácio do Planalto, Meirelles cobrou mais pressão do governo para votar no Congresso medidas que tragam mais receitas, como o Refis, grande aposta da equipe econômica para trazer cerca de R$ 14 bilhões para o caixa.
Mas a ala política do governo acha que seria melhor definir as metas em cerca de R$ 170 bilhões e trabalhar pela reforma da Previdência.



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