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Diário da Amazônia

Conselho Regional de Educação Física fecha academias em Vilhena

Uma equipe do Conselho Regional de Educação Física da 8ª Região (Cref8) está em Vilhena desde a última segunda-feira, visitando..

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Publicado: 17/12/2014 às 08h49min | Atualizado 28/04/2015 às 16h01min

Representantes do Conselho Regional fiscalizaram e interditaram quatro empresas  Rômulo Azevedo/Diário da Amazônia

Representantes do Conselho Regional fiscalizaram e interditaram quatro empresas Rômulo Azevedo/Diário da Amazônia

Uma equipe do Conselho Regional de Educação Física da 8ª Região (Cref8) está em Vilhena desde a última segunda-feira, visitando todas as academias e empresas que ofereçam qualquer tipo de serviço relacionado à atividade física, para conferir se estão respeitando as normativas exigidas pelo Conselho Federal de Educação Física (Confef) no que diz respeito à contratação de profissionais qualificados e oferecimento de um ambiente saudável para o trabalho. O resultado, no entanto, não foi muito satisfatório. Das 18 empresas que o Cref8 tem conhecimento de atuação no município, 12 já foram fiscalizadas e quatro interditadas. De acordo com o representante do conselho em Vilhena, Wellington Nascimento Moura, todas as academias e centros esportivos interditados na operação intitulada “Alteres” tinha pessoas que se passavam por treinadores físicos e estavam exercendo ilegalmente a profissão. Todas as empresas e pessoas flagradas pelos representantes da entidade foram encaminhadas à Delegacia de Polícia Civil (DPC).

Outro problema bastante comum são as condições insalubres as quais os profissionais são submetidos em suas jornadas de trabalho. De acordo com Wellington Nascimento Moura, muitas academias não possuem estruturas adequadas. A coordenadora da Seccional Rondônia do Cref8, Joscimara Campos enfatiza que o objetivo do conselho não é autuar, muito menos acabar com nenhuma instituição. “Nosso objetivo é proporcionar um atendimento de qualidade à comunidade que procura esse tipo de serviço. Com um profissional a empresa pode, inclusive, oferecer garantia do serviço que presta”, diz.

Esta é a quarta vez que a equipe do Cref8 vem a Vilhena em 2014. Joscimara conta que nas três primeiras vezes os representantes do conselho procuraram as academias para orientar os donos e pedir para que regularizassem a situação da falta de profissionais adequados. “Na última vez que estivemos aqui, em agosto, três academias regularizaram suas situações. Neste retorno de dezembro visitamos as empresas e percebemos que elas se transformaram em academias modelo devido às orientações do conselho. Assim como elas, há outras em Vilhena que também encaixam-se perfeitamente nos padrões de qualidade”, conta.

Com as interdições e toda a repercussão que elas ganharam na região do Cone Sul os representantes do Cref8 acreditam que as demais empresas irão se regularizar, e os problemas neste sentido podem diminuir em Vilhena. Em nível estadual o grande desafio do conselho é fazer com que todas as empresas que ofereçam servidos relacionados à atividades físicas se encaixem no perfil exigido.

Mais de 140 empresas não são registradas no cref8

De acordo com a equipe que está em Vilhena, o Cref8 tem registro de 90 academias em funcionamento em todo o Estado. Entretanto a Junta Comercial de Rondônia aponta que Rondônia possui pelo menos 233 empresas.

As empresas que foram interditadas na operação realizada no município neste mês de dezembro deverão procurar os representantes do conselho na região, Wellington Nascimento Moura, e Geraldo Félix, para iniciarem o processo de regularização de suas condições, bem como apresentar documentação necessária exigida para o funcionamento de qualquer empresa em território estadual. Joscimara Campos explica que todo o trâmite leva em torno de 60 a 90 dias, mas o conselho oferece uma medida paliativa para o retorno das atividades destas empresas.

Segundo ela, os proprietários dos empreendimentos deverão apresentar três fichas aos coordenadores regionais. “A primeira delas é o pré-cadastro; a outra é o termo de responsabilidade, com ficha técnica do profissional de educação física responsável pelo funcionamento da prestação de serviço; e a última é o quadro técnico com o nome de todos os profissionais que prestam serviços relacionados à atividades físicas na empresa”, explica. Somente depois de apresentado toda a documentação o Cref8 emite o termo de desinterdição.

Para que se possa ser considerado um profissional, a pessoa deve ter cursado faculdade de Educação Física reconhecida no território nacional. Esses profissionais são divididos em duas categorias, sendo elas o bacharel em Educação Física, que se torna habilitado em todas as áreas de atuação relacionada, exceto para crianças dos ensinos Infantil, Fundamental e Médio. A segunda é o profissional licenciado em atuação plena, o qual possui habilitação para trabalhar com crianças.

Um profissional não qualificado recebe entre R$ 6 a R$ 8 por hora aula, enquanto um bacharel ganha algo em torno de R$ 20.



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