Com objetivo de padronizar as análises e diagnóstico laboratorial de Líquor (LCR), em toda a rede hospitalar de alta complexidade de Rondônia, através do Sistema Único de Saúde (SUS), e ainda nivelar os conhecimentos sobre esse tipo de exame, de extrema importância, já pode salvar muitas vidas, o Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen) realizou curso de atualização em LCR, para todos os profissionais bioquímicos e biomédicos da rede estadual de Saúde.
O treinamento faz parte do Programa de Educação Permanente implantado pelo governo de Rondônia, através da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Participaram do curso profissionais de todos os municípios, afirma o diretor-geral do Lacen, Luiz Tagliane.
O líquido cefalorraquidiano (LCR), ou Líquor, é um fluido corporal estéril e de aparência clara que ocupa o espaço entre o crânio e o córtex cerebral e o espaço subaracnóideo na medula espinhal. É uma solução salina muito pura, pobre em proteínas e células, e age como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal, diz Tagliane.
Ele explica que exame do líquido cefalorraquidiano (LCR) tem sido utilizado como aliado no diagnóstico de patologias neurológicas desde o final do século XIX. Além de auxiliar no diagnóstico, a análise deste fluído possibilita o estadiamento e o acompanhamento de afecções vasculares, infecções, inflamações e neoplasias que atingem, tanto de forma direta quanto indireta, o sistema nervoso.
Habitualmente, coleta-se o líquido cefalorraquidiano por meio de gotejamento em três tubos estéreis devidamente identificados. Um dos tubos é destinado para análises bioquímicas e sorológicas, outro é destinado à microbiologia e o terceiro, à citologia. Existe a opção também de coletar um quarto tubo destinado à análise microbiológica. Recomenda-se também coletar sangue concomitantemente, para que seja feito um estudo comparativo dos níveis de proteína (globulinas) e glicose, relata o diretor-geral do Lacen.