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Diário da Amazônia

Desinteresse na Copa bate recorde e atinge 53% dos brasileiros

Crise econômica e corrupção diminuem o interesse do brasileiro pela Copa do Mundo

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 12/06/2018 às 15h33min | Atualizado 12/06/2018 às 17h35min

Marca pré-Mundial da Rússia é a pior às vésperas da competição desde 1994 (Foto: Divulgação)

A apatia do brasileiro é visível com a Copa do Mundo. Faltando dois dias para a abertura do mundial da Rússia, o clima de Copa ainda não ecoa pelo País e pela primeira vez o desinteresse é evidente. De acordo com Pesquisa Datafolha, 53% dos brasileiros não tem qualquer interesse pela Copa, um aumento de 11% em relação a janeiro, quando o índice de desinteressados era de 42%.

Mulheres são as mais desinteressadas

Quando as mulheres são perguntadas, o índice aumenta ainda mais e sobre para 61%. Os outros maiores desinteressados são pessoas de 35 a 44 anos (57%), moradores da região Sul (59%) e aqueles com renda familiar de até dois salários mínimos (54%).

Segundo o Datafolha, a marca de agora é a pior da série histórica às vésperas do torneio desde 1994, quando o instituto fez a pergunta pela primeira vez.

O Datafolha ouviu 2.824 pessoas em 174 municípios na quinta (7) e sexta-feira (8), e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Corrupção

Por mais que se procurem razões, é certo que colaboram para este desinteresse a má fase econômica e política que o país passa, com uma grande crise de representação. Além disso, após as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, a camisa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passou a ser identificada, ao menos por metade do país, como símbolo dos coxinhas, da direita, sendo satirizados até em escola de samba como manifestoches.

Não bastasse isto, a própria CBF, bem como a FIFA, se envolveram em casos de corrupção, inclusive com dirigentes presos.

Venda de artigos também caem

Se o brasileiro não tem qualquer apreço pela Copa, isso também se reflete nos números do varejo. A compra de itens relacionados à Copa do Mundo como bandeiras e camisas da Seleção, por exemplo, caiu de 50% em 2014 para 24% neste ano.

 



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