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Diário da Amazônia

‘Deusa do Rio Níger’, novo álbum de Luciana Oliveira

A cantora Luciana Oliveira com a Deusa do Rio Níger homenageia a cantora Elza Soares.

Por Sílvio Santos Diário da Amazônia
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Publicado: 19/09/2017 às 06h00min

O fato do novo álbum de Luciana Oliveira ter o mesmo título da faixa de Elza Soares, lançada em 1974, não é uma coincidência — e como haveria de ser, né? É uma homenagem e culto à rainha da música que inspirou Luciana neste projeto.

Foi em uma audição despretensiosa do disco “Negra” de Elza que Luciana teve a ideia e passou a trabalhá-la e desenvolvê-la, mas ainda sem imaginar o quão grande se tornaria seu plano. “Sempre que ouvia essa música, eu pensava que poderia funcionar com uma pegada meio ska e rocksteady. A partir daí fui desenhando algumas ideias. Juntando músicas, ouvindo, pesquisando…”, conta Luciana sobre o início da produção de seu novo trabalho.

A ideia da cantora foi ministrada por Caê Rolfsen que teve papel fundamental na produção musical do disco.

O álbum é aberto por “Lance”, faixa autoral e um soul com uma formação enxuta e uma letra que fala de entrega ao amor e ao momento. Esta foi a primeira canção a ser lançada, escolhida como prévia ao público e, como carta de apresentação do álbum, a mensagem é de amor e conexão com a verdade, exatamente como Luciana deseja que seja todo o trabalho.

”Deusa do Rio Níger”, faixa título, é uma regravação da faixa de Elza Soares, em uma versão mais rocksteady, exatamente como ela imaginou no começo. A letra misteriosa faz uma referência a Oyá, “No final a gente vai ali pro Mali, traz referências de Multau Astaké, Tilahu Gessessé. É uma das músicas com maior instrumentação do disco”, conta a artista.

Parte essencial do cotidiano de Luciana, a carreira musical divide espaço, de forma serena, com seu papel de mãe, educadora e atriz. Parceira de nomes que muito admira, a artista faz questão de agradecer ícones como Elza Soares, Altamiro Carrilho, Gog, Guilherme Arantes e muitos outros que, além de dividirem palco com ela, contribuíram para que vivesse uma lista de momentos memoráveis com o microfone em punhos.

Ainda falando de suas grandes influências e referências musicais, assume que muitas vezes só quis sair da estrada, correr para casa, ouvir e fazer anotações sobre Clara Nunes, Maria Betânia, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Clementina de Jesus.



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