Porto Velho/RO, 20 Março 2024 23:00:14
Diário da Amazônia

Diagnóstico aponta cadeias produtivas

Objetivo é a elaboração do Plano de Desenvolvimento para a capital.

Por Assessoria
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Publicado: 12/03/2018 às 09h24min

Prefeito Hildon Chaves enfatizou que o Plano de Desenvolvimento da capital é apartidário (Foto: Diego Miranda / Comdecom)

O resultado preliminar do diagnóstico socioeconômico da capital foi apresentado durante o fórum “O Futuro de Porto Velho: Bases para a Aceleração do Desenvolvimento Sustentável”, realizado pela Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, no auditório da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), na última semana. Representantes do setor produtivo e do município participaram do evento.

Diagnóstico, elaborado a partir de uma consultoria feita por uma empresa contratada pela Agência de Desenvolvimento de Porto Velho (ADPVH), além de detectar as cadeias produtivas já estabelecidas no município, também mostra outras matrizes produtivas que serão propostas a partir do resultado de estudo.

“O objetivo aqui é a geração de emprego e renda, o fortalecimento da economia do município e, principalmente, a aceleração do território para que o plano de desenvolvimento econômico tenha impacto na economia e na vida das que moram em Porto Velho”, afirmou Marcelo Thomé, presidente da ADPVH.

Os participantes do evento foram representantes empresariais e sindicais, membros da Universidade Federal, todos em busca de soluções que efetivamente representem as demandas e a vocação do município do ponto de vista econômico.

A previsão de conclusão do plano é para abril e nessa fase intermediária foram identificadas algumas oportunidades de negócio, como no setor do agronegócio, com a expansão da fronteira agrícola, principalmente com relação ao plantio de grãos como soja, milho, arroz, por causa das características topográficas, do clima e da proximidade do porto graneleiro da capital, que reduz muito o custo de logístico.

Na pecuária, seja a de corte, seja a de leite, também reside uma enorme oportunidade de verticalização da cadeia produtiva, conforme aponta o estudo, com a industrialização dos insumos para a agregação de valor e geração de emprego e renda na capital rondoniense.

“Outra grande oportunidade que temos é no campo de hortifruti. Podemos transformar Porto Velho em um grande produtor de alimentos, em especial com uma ação que está sendo articulada junto com o Estado, que é a implantação de um centro de abastecimento de frutas, verduras e legumes, um Ceasa, no município”, adiantou Thomé.

Plano visa nortear a iniciativa privada

O prefeito Hildon Chaves definiu o evento como “reunião de ajuste, de avaliação para se saber o caminho a ser seguido, o que deve ser pautado e o que deve ser priorizado”. Hildon Chaves também enfatizou que o plano não é um documento elaborado apenas pela prefeitura, mas “uma construção conjunta com o setor privado que é o grande destinatário do trabalho”.

O prefeito também lembrou que Porto Velho, com 103 anos de criação, nunca tinha feito um diagnóstico socioeconômico para identificar as vocações econômicas do município, onde estão as oportunidades, quais são, orientar de forma técnica e científica o desenvolvimento socioeconômico da capital, principalmente com foco na geração de emprego e renda.

“Acreditamos que é assim, em parceria com o setor privado, conseguiremos desenvolver o município preparando-o para um futuro muito mais promissor. Oportunidades de negócios temos muitas, mas até hoje não sabemos quais são nem como fazer para operacionalizá-las a fim atrair empresas e geração de negócios em Porto Velho. E esse plano é apolítico, não é de nenhum partido ou gestão, é da sociedade”, disse.

Para o vice-presidente de Desenvolvimento Econômico da Fiero, Adélio Barofaldi, a Agência de Desenvolvimento criada no ano passado, está cumprindo seu papel, que é o de fomentar, e o fórum é um evento importante para que o setor produtivo saiba como o município está se programando para incentivar o setor.

“As ações do município não são a curto prazo, são ações estruturantes que precisam ser efetivadas a longo prazo, senão, elas atenderiam apenas as necessidades imediatas e não o município como um todo. E Porto Velho precisa muito de projetos a longo prazo para que se tenha um norte, para que os empreendedores locais possam desenvolver seus planos de negócio. Hoje a prefeitura está caminhando no mesmo pensamento do empresário. Isso dá mais segurança na hora de investir ou ampliar o negócio”, comentou.



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