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Diário da Amazônia

Distribuidoras são acusadas de cartel

AL, BR, Ipiranga e Raízen, que estão sob suspeita, podem tomar multa milionária do Cade.

Por Diário do poder
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Publicado: 06/01/2018 às 07h00min

Relatório afirma que houve fixação de preços de revenda de combustível, divisão do mercado

Parecer da Superintendência Geral (SG) da autoridade antitruste apontou que as distribuidoras Ale, BR, Ipiranga e Raízen formaram cartel em Belo Horizonte e municípios vizinhos entre 2007 e 2008. As quatro maiores distribuidoras do País podem receber multa milionária do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A multa pode chegar perto do teto permitido pela legislação, de 20% do faturamento do ano anterior ao da abertura do processo, segundo informação do jornal Valor Econômico. Os fatos apurados são considerados graves e o caso deve ir a julgamento neste ano.

O conselheiro João Paulo de Resende foi sorteado para acompanhar o processo. Ele costuma pedir valores maiores do que seus pares quando os casos têm duração maior do que um ano. Resende tenta se aproximar do ganho que a empresa obteve com a prática anticoncorrencial. Para tanto, ele se baseia em uma alíquota de 10% sobre o faturamento das empresas no mercado afetado durante o período do ilícito. O percentual foi definido após uma ampla revisão bibliográfica sobre o tema, explicou o Valor Econômico.

Relatório

Segundo o relatório, houve fixação de preços de revenda de combustível, divisão do mercado entre os membros do cartel e tentativas de retaliação a postos que não participaram do cartel. O cartel conta com 30 empresas locais e outras 10 pessoas físicas, além das distribuidoras citadas.

A Ale negou a participação no cartel e disse que ‘condena a postura’. A distribuidora deve se posicionar após a nota técnica do Cade.

A Raízen afirmou que sempre atuou com princípios de conduta ética e de acordo com a lei. A distribuidora diz que segue confiante na sua defesa.

A Ipiranga diz que está tomando as devidas providências para a elaboração de sua defesa e afirmou que ‘não compactua com atividades ilegais’. A BR não comentou o caso.



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