Ao longo das planícies dos rios amazônicos existem florestas imensas que passam quase metade do ano alagadas, são vegetações como igapós, pântanos, campinas, mangues e várzeas que margeiam nascentes e depressões de terrenos que constituem as chamadas áreas úmidas amazônicas.
Esses habitats reúnem pouco mais de três mil espécies de árvores conhecidas, o número é três vezes maior que o previsto, é a maior diversidade em áreas úmidas do planeta.
A descoberta é parte de um estudo, que conta com o apoio do instituto de biociência da universidade estadual paulista, campos rio claro,o estudo foi realizado no âmbito do programa biota, núcleo que investiga todos os seres vivos de determinado ambiente.
Os resultados dos estudos foram publicados na revista Plos One e constituem a mais abrangente listagem de espécies arbóreas presentes em áreas úmidas, os autores combinaram dados disponíveis em inventários florestais e coleções biológicas sobre os nove países em que a bacia amazônica se faz presente.
O número de espécies três vezes maior do que o estipulado em estudos anteriores é resultado da ampliação tanto da área de investigação como dos tipos de habitats, para os pesquisadores, a alta quantidade de espécies arbóreas é indicador de que as áreas úmidas têm papel importante no mecanismo de manutenção e geração de diversidade na Amazônia
Mesmo com o difícil regime hidrológico imposto,o total de espécies das áreas úmidas Amazônicas compreende 53% das 6.727 espécies confirmadas em estudo mais recente da flora arbórea de toda a Amazônia.
Para os pesquisadores da UNESP, essa alta proporção de árvores sendo que territorialmente as áreas úmidas compreendem 30% dos 7 milhões de km da Amazônia é dada pelo intercâmbio entre as espécies. dentro d’água as raízes ficam inundadas e algumas chegam a apodrecer, dificultando a troca de oxigênio.
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