Os moradores da Estrada do Belmonte, zona Norte da capital, ficaram impedidos de sair da localidade, entre as 7h e 13h ontem.
Não é a primeira vez que a Estrada do Belmonte deixa, não apenas os moradores de suas margens nessa situação, na realidade, as principais vítimas da falta de manutenção e controle de tráfego na região, são os caminheiros que transportam combustíveis para todo o Estado e produtos de primeira necessidade para Manaus e região.
A localidade já foi isolada por enchentes do rio Madeira em várias ocasiões. “A pior foi a de 2014”. O transbordamento do rio Madeira também já deixou a área interditada, em virtude do fenômeno conhecido como “Terra Caída”, quando durante a vazante do rio, a água arrasta parte do barranco, ameaçando o trânsito de veículos, em particular, os de carga pesada.
Na manhã de ontem (18), o problema que deixou a população isolada por mais de cinco horas, foi o engarrafamento provocado por dezenas de carretas de transporte de combustível, contratadas por uma distribuidora.
“Cheguei aqui às 7h40 e já são quase uma hora da tarde e não consigo chegar ao Porto onde vou embarcar minha carreta para Manaus”, disse o motorista Américo Negrão de 52 anos idade, prosseguindo.
“A distribuidora de combustível sabe que seu pátio não comporta tanta carreta e mesmo assim, convocada todas que estão estacionadas nos postos ao longo da BR-364 para virem abastecer no mesmo dia. O resultado é esse que os senhores estão vendo, a estrada interditada pelos carros-tanques dessa empresa”, disse Negrão. O engarrafamento começava na BR-319 (avenida dos Imigrantes) com a rua Farquar e ia até o Porto Passarão”, cerca de 10 quilômetros.