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Diário da Amazônia

Equipamentos somem de almoxarifado

MP investiga para onde foram levados os ares-condicionados de Vilhena.

Por Rômulo Azevedo Diário da Amazônia
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Publicado: 04/07/2015 às 10h51min

O acusado relata que entregou os equipamentos, mas não colheu as assinaturas

O acusado relata que entregou os equipamentos, mas não colheu as assinaturas

O Ministério Público (MP) do estado de Rondônia ofereceu denúncia contra a Prefeitura de Vilhena e ao então administrador do almoxarifado municipal, Jorge Arthur Rickli Deflon, o “Jorjão” como é conhecido.

O MP investiga o sumiço de 17 aparelhos de ar-condicionado que foram comprados ainda novos e não houve baixa no órgão, bem como de uma espalhadora de calcário. O caso aconteceu no ano de 2012 e somente agora se tornou público. Segundo a denúncia, os condicionadores de ar haviam sido comprados com dinheiro da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e seriam instalados nas dependências do Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira. Um servidor da unidade de saúde foi até o almoxarifado pra buscar os equipamentos, que não foram encontrados.

A servidora Ângela Schmitz Souza, que é a responsável pelo tombamento dos bens públicos procurou o então administrador do almoxarifado para saber o paradeiro dos equipamentos. Segundo a versão da servidora à sindicância aberta para apurar o caso, Jorjão teria desconversado e disse que os ares-condicionados já haviam sido entregues, e que providenciaria a assinatura da pessoa que os retirou. Pelo fato de o administrador não ter apresentado a documentação necessária, a própria servidora foi até o Hospital Regional requerer do diretor da unidade, Adilson Vieira Rodrigues, a assinatura da retirada para finalizar o processo naquele setor. Adilson se recusou a assinar a documentação alegando que não tinha conhecimento do paradeiro dos equipamentos.

NÃO APARECEU

A Semusa e a Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri procuraram a Secretaria Municipal de Administração (Semad) para comunicar o problema. Jorjão nunca compareceu às convocações feitas pela Semad para justificar o sumiço dos condicionadores de ar, bem como a espalhadeira de calcário.

CONFISSÃO

A única coisa que fez foi admitir que havia danificado o equipamento agrícola e seu extravio, mas sem detalhes. Parte dos equipamentos, avaliados em R$ 39 mil, já foram encontrados, e segundo a prefeitura de Vilhena, estavam instalados e funcionando normalmente.

ENTREGA DE APARELHOS SEM COMPROVAÇÃO

Jorjão disse que não roubou nenhum dos equipamentos, mas admitiu o sumiço das peças. Ele disse que não agiu de má fé e não se beneficiou dos equipamentos como o MP lhe acusa. Segundo ele, os ares-condicionados foram entregues normalmente, inclusive aos sábados, o problema é que as assinaturas de recebimentos não foram colhidas, e o então administrador não conseguiu comprovar a entrega dos equipamentos. Ele disse ter agido com ingenuidade com relação ao caso. Ainda segundo Jorjão, dos 17 aparelhos extraviados, 10 já foram encontrados, e ele garante os demais serão localizado.

Quanto à espalhadeira de calcário, o ex-administrador do almoxarifado público disse que a danificou no momento de desembarcá-la. Ele disse que mandou consertar e irá devolver. O MP pediu a exoneração de Jorjão do cargo que ocupava e a indisponibilidade dos bens do acusado.



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