Por conta do aumento do número de casos suspeitos do coronavírus no Brasil, Rondônia mantém esquema de alerta. No Hospital Cemetron, em Porto Velho, referência na área de doenças infectocontagiosas, a médica Evelyn Pinheiro, que coordena a equipe de epidemiologia do hospital, destacou as recomendações de diagnóstico recebido pelo boletim do Ministério da Saúde. “Estamos nos organizando. É um vírus novo e ainda não recebemos uma orientação completa. Por enquanto estamos seguindo o boletim que o Ministério da Saúde está liberando. Vamos realizar uma palestra para orientar a equipe com as informações do boletim”, pontuou.
De acordo com orientações do Ministério da Saúde, o paciente que tem vínculo epidemiológico, ou seja, aquele paciente que viajou para a China ou que teve contato com alguém que viajou e se enquadra como suspeito ele deve procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Os casos graves serão encaminhados para o Cemetron”, disse a médica, ao destacar que o hospital só atende síndrome respiratória aguda grave.
A médica infectologista Stella Zimmerli, diretora do Cemetron, explica que o hospital possui 24 leitos de isolamento onde os pacientes do surto de H1N1 foram internados. “O coronavírus não muda muito da H1N1, a transmissão é a mesma, por via respiratória, os sintomas são os mesmos de gripe, porém é um vírus que pode causar uma forte pneumonia que pode levar a morte em faixa etária extrema’’, disse.
Entre os dias 3 e 27 de janeiro foram analisados no Brasil pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) 7.063 rumores, sendo que 127 rumores exigiram a verificação. Entre 18 e 27 de janeiro a Secretaria de Vigilância em Saúde recebeu a notificação de 10 casos para investigação. De 10 casos, somente (1) se enquadra na definição de quadro suspeito, os demais apresentaram resultado laboratorial para outros vírus respiratórios, segundo o boletim do Ministério da Saúde.
Nesta sexta-feira (31), às 8h30, o secretário Estadual de Saúde, Fernando Máximo, e a diretora da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Arlete Baldez, recebem a imprensa para falar sobre as ações de monitoramento do coronavírus em Rondônia.