Manter o interesse dos alunos pelas atividades escolares não tem sido uma tarefa fácil. Mas a Escola Araújo Lima, em Porto Velho, faz uso de estratégias simples para obter bons resultados. E tudo começa pelo princípio da integração. À frente de algumas ações está a professora de educação física, Lurdes Pereira. A sua aposta tem tirado os alunos das ruas, mesmo durante os períodos contrários às aulas.
A disciplina, respeito e conhecimento de questões relativas ao patriotismo tem sido pontos-chaves em alguns dos projetos. A aposta pelo ensino de educação esportiva tem merecido destaque em função dos resultados. Para a professora, a prática do esporte traz ao aluno o senso de liderança, responsabilidade e valorização pessoal. Lurdes também destaca que o aluno apreende que mais importante que a vitória é participar do aprendizado.
Os treinos realizados durante as aulas de educação física e também em horário inverso ao da aula, buscam preparar os jovens para os jogos internos da escola e também para os interescolares. Esportes como voleibol e futsal ajudam a esclarecer questões ligadas à área da saúde. Isso, através de pesquisas. O combate ao sedentarismo é um desses temas. “Dessa forma conseguimos englobar todos os alunos. Sei que nem todos gostam de práticas esportivas. Então, é sempre bom ter uma segunda carta na manga.” cita a professora.
Segundo Lurdes, até mesmo o esporte, que anteriormente era o preferido das crianças e adolescentes, vem perdendo espaço para a era digital. “Os jovens não querem jogar bola e ficam vidrados na tela do celular. Minha missão é tentar tirá-los desse mundo e mostrar um leque de opções que a vida tem a oferecer. Creio que o esporte é o melhor caminho a seguir”, completa.
Projeto de poesia estimula escrita de alunos
A professora de língua portuguesa, Maria da Conceição, trabalha com os alunos da escola Araújo Lima no projeto “Coletânea de poesias”.A ação ocorre na própria instituição de ensino durante um bimestre anual.
O projeto consiste em ajudar o aluno a conhecer autores de diversos textos literários, podendo ser clássicos ou publicações recentes. A professora explica que na execução do projeto a sala de aula é dividida em grupos e, cada um recebe a função de trazer no mínimo dez poesias, podendo conter como adendo textos feitos pelos próprios estudantes.
Após o desenvolvimento das pesquisas, realizadas pelos próprios alunos, sobre os autores e obras, o resultado é materializado na produção de um livro de poesias, escrito à mão e com ilustrações também feitas por eles.
A professora conta que exige que o livro seja manuscrito. Pois, a escrita precisa ser exercitada entre os jovens, para que melhorem a ortografia e não percam esse hábito por conta dos avanços tecnológicos em que vivemos. “Ultimamente eles se negam a escrever, querem tudo digitado. Então dessa forma tento incentivá-los a escrever por prazer”, comenta. Ao final do projeto, um sarau é feito na escola para que ocorra a exposição dos trabalhos dos estudantes e para o desenvolvimento de outras formas artísticas.
