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Diário da Amazônia

Estado adota forte esquema de segurança para o rebanho

A estratégia visa garantir a saúde do rebanho bovino do Estado.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 02/07/2017 às 05h00min

A saúde do rebanho bovino tem sido alvo de um sistema rigoroso de fiscalização

Estado que possui o 6º maior rebanho bovino do Brasil e é o 5º maior exportador de carne bovina, Rondônia se mantém atento para evitar qualquer tipo de ameaça ao rebanho bovino. Um forte sistema de vigilância sanitária animal, com postos de fiscalização na divisa com os Estados do Amazonas, Mato Grosso e Acre e na fronteira com a Bolívia, ao longo do Rio Guaporé, visa impedir a entrada de animais procedentes de áreas de risco, como é o caso do Amazonas, e o transporte clandestino de animais vindo de estados vizinhos, como Mato Grosso e Acre, apesar de, a exemplo de Rondônia, serem áreas livres da febre aftosa.

Por conta da existência de estradas secundárias no sul de Rondônia sempre existe a possibilidade da entrada clandestina de animais do Mato Grosso, mas o trabalho de fiscalização realizado naquela região normalmente consegue inibir esse tipo de prática, conforme informou o veterinário Fabiano Alexandre dos Santos, gerente do Departamento de Inspeção e Defesa Sanitária Animal da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), destacando que o papel da Idaron é mais direcionado para a fiscalização e a segurança do setor, de modo a garantir a qualidade da carne produzida no Estado e exportada para outros países.

Rondônia tem um rebanho de 13,5 milhões de animais bovinos e bubalinos, sendo que Porto Velho é o município que possui o maior rebanho bovino de todo o Estado, com aproximadamente 900 mil cabeças, seguido de Nova Mamoré, que possui em torno de 600 mil cabeças, e de Jaru, com um rebanho de aproximadamente 500 mil cabeças. Mas, de acordo com Fabiano dos Santos, a Região da BR 429, que liga o centro do Estado ao Vale do Guaporé, também vem se transformando em um grande pólo criador de gado. Segundo o gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Animal da Idaron, o controle do trânsito de animais trazidos para o Estado é focado na prevenção para que não haja nenhum risco à saúde do rebanho rondoniense.

Aumento de produção favorecida

Com 2,7 milhões de animais abatidos, o segmento totalizou uma receita de meio bilhão de reais com a exportação de mais de 130 mil toneladas de carne bovina no ano passado. Com o aumento da produção a tendência é que haja condições que favoreçam ainda mais a produtividade. Mas, qualquer deslize nos postos de fiscalização significa ameaça ao rebanho bovino. “A febre aftosa é uma doença que afeta mais diretamente a economia porque quando o sistema produtivo é agredido, a produtividade cai”, observa Fabiano dos Santos, destacando a importância e a responsabilidade das equipes que atuam nos postos de fiscalização. “A saúde do animal precisa ser sempre muito bem vista”, acrescenta.

Com um parque industrial forte, 99% dos animais são abatidos de acordo com as normas do Serviço de Inspeção Federal (SIF). São 14 frigoríficos credenciados pelo SIF que geram em torno de 15 mil empregos diretos. “Por ter uma economia que praticamente gira em torno da carne bovina, qualquer crise no setor afeta diretamente o sistema econômico do Estado”, diz o gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Animal da Idaron. Ele observa que para vender é preciso ter qualidade genética (carcaça) e que, nesse sentido, Estado e produtores têm investido muito para garantir a qualidade da carne bovina.

 



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