De um lado o grande e poderoso rio Madeira, do outro a Estrada do Belmont repleta de buracos, lama, solo cedendo, lombadas quebradas, carretas paradas no acostamento, algumas delas ao lado de placas de aviso sobre riscos de desbarrancamento e veículos pequenos com dificuldades de locomoção. Essa é a realidade de uma estrada usada principalmente para o transporte de combustível e de grãos que se encontra mapeada pela Defesa Civil como área de alto risco.
A Defesa Civil, em parceria com a Marinha Fluvial, proibiu a ancoragem de embarcações que ficavam à beira dos barrancos, porque o sobrepeso das carretas estacionadas na área torna o barranco vulnerável e com maiores chances de ceder. De acordo com Marcelo Silva dos Santos, coordenador da Defesa Civil Municipal, a responsabilidade de fiscalizar e notificar as carretas estacionadas na área é da Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transporte (Semtran).
O secretário da pasta, Carlos Costa, disse ao Diário da Amazônia que a partir de fevereiro de 2018 será feita uma ação efetiva, em parceria com a Polícia Militar, para coibir esse tipo de estacionamento irregular. “Ali é um caso bem complexo e a gente tem notificado, só que com o efetivo que nós temos ainda não temos um alcance grande”, disse o secretário da Semtran.
Marcelo Silva também destacou que o DER tem a responsabilidade de fazer uma contenção no barranco, com uma medida paliativa para evitar o avanço do desbarrancamento. O Diário da Amazônia entrou em contato com a assessoria para saber a versão do DER, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.