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Diário da Amazônia

Estudante é ferido dentro de escola

Uma possível discussão entre dois alunos do Ensino Fundamental culminou com violência corporal e ferimento grave promovido por canivete,..

Por Diário da Amazônia
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Publicado: 10/07/2014 às 20h50min | Atualizado 29/04/2015 às 01h47min

ALUNO-ESFAQUEIA-COLEGA-DE-SALA-NA-PERNA-NA-ESCOLA-21-DE-ABRIL-09-07-14-FOTO.RONI-CARVALHO-15-copyUma possível discussão entre dois alunos do Ensino Fundamental culminou com violência corporal e ferimento grave promovido por canivete, na perna de um dos adolescentes envolvidos na briga. Os jovens de 16 anos, são alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental 21 de Abril, localizada em Porto Velho e participavam da aula de educação física quando se desentenderam e partiram para agressão física.
A diretora da escola, Carla Suzete Chaves, explica que a escola ainda apura os fatos, porque a primeira atitude foi a de socorrer a vítima. “Vamos visitar estes alunos em suas casas, mas voltaremos a tratar desse assunto quando eles retornarem de férias”, detalha.

Carla conta que os adolescentes são alunos novatos e, que tanto os professores quanto a direção da escola buscavam promover a integração desses estudantes, com o objetivo de harmonizar a convivência escolar. “Transferimos o aluno que foi ferido e que estudava à tarde para o turno da manhã já tentando resgatar esse aluno. Agora ele se envolve nesse problema”, explica Carla.

A diretora afirma que a mãe da vítima, foi chamada à escola para tentar interferir na melhoria do relacionamento dele com os colegas. “Nos preocupamos bastante sobre como vai ficar a convivência desses alunos quando voltarem de férias. Ficamos todos chocados porque a escola nunca enfrentou problemas como esse. Os pais dos demais alunos vão ficar escandalizados”, lamenta Carla.

Ívine Dias Ribeiro, vice diretora explica que é delicado para a escola prever a violência a este nível, uma vez que o material escolar, especificamente a mochila do aluno, é objeto de sua privacidade. “Se for necessário averiguar a bolsa, por exemplo, é o próprio aluno que deve abrir, nunca o professor”, conta. Por esse motivo ela afirma que nem a direção ou professor poderiam imaginar que o aluno tivesse uma arma (canivete) na mochila. “O aluno agressor nos contou que foi insultado, que seu colega vinha coagindo e o ameaçando, mas não trouxe essa situação para a escola. Procurou resolver dessa forma. Ele também estava bastante machucado”, conta.

Sem vigias, alunos não respeitam funcionários

A escola conta com apoio do 1º Batalhão de Polícia Militar, que colabora realizando vistorias diárias nos pátios e área externa da escola. O suporte, chamado Patrulha Escolar foi solicitado pela direção da escola junto ao Ministério Público. “A escola está fazendo sua parte. Mas nenhuma escola está isenta. Estamos fazendo nosso papel, mas infelizmente esse fato aconteceu na nossa escola”, diz Carla.
Neuza Silva, inspetora do colégio lamenta a ausência de vigilantes nas escolas. “Só a presença dos guardas já faz diferença. É um apoio muito bom, seria muito bom se voltassem”.

A inspetora trabalha com outro colega no turno da tarde e acredita que a integração entre os alunos é delicada em decorrência da idade e diferenças sociais que envolvem alunos que vêm de diversas regiões de Porto Velho. “Qualquer coisa eles extrapolam, muitos vêm para a escola com vários problemas familiares. Falta base nas famílias”, analisa.

No ano passado o governo não renovou o contrato com a empresa responsável pela segurança das escolas do Estado, alegando corte de despesas no orçamento. Os vigias foram substituídos por um sistema de câmeras de segurança e rondas policiais realizada pela Polícia Militar.

Por, Mineia Capistrano – Fotos: Roni Carvalho/Diário da Amazônia



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