Foto: divulgação
O empresário Assis Gurgacz, Diretor Presidente do Grupo Eucatur e do SGC (Sistema Gurgacz de Comunicação) lamentou a morte de Euro Tourino e lembrou que Euro Tourinho foi um grande incentivador da comunicação regional e seu apoio foio fundamental ao longo da existência do Diário da Amazônia. “Brilhante parceiro comercial e amigo fiel que deslumbrava o crescimento do estado e sempre empenhou esforços para somar com o desenvolvimento regional”, afirmou.
A morte do jornalista Euro Tourinho, no início da noite de segunda-feira (26), comoveu Rondônia. Aos 97 anos, Euro ainda mantinha a rotina de ir diariamente à redação do centenário jornal Alto Madeira, onde iniciou sua careira em 1950 e se tornou sócio-proprietário. Referência para todos os profissionais de imprensa da região, Euro era detalhista no trato à notícia. Valorizou a cultura regional e estava sempre presente em solenidades e eventos importantes da capital.
O corpo do jornalista foi velado na Loja Maçônica União e Perseverança, centro de Porto Velho, e sepultado às 16h30 de ontem (26), no cemitério Santo Antônio. O grande cortejo formado por familiares e amigos demonstrou o carinho e respeito que sempre difundiu no meio social.
Referência
O jornalista Euro Tourinho foi referência não apenas no meio jornalístico, tendo formado muitos profissionais que atuam no estado. O seu estilo amigável e sempre presente nos acontecimentos, mantinha o bom relacionamento e o respeito no trato pessoal.
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) enviou nota de condolências dizendo que “Os rondonienses perdem um dos pioneiros do jornalismo no Estado, uma figura exemplar, um homem que soube como poucos expressar o cotidiano e os valores de Rondônia e da Amazônia, sempre com muita dedicação, sabedoria e a constante busca pela verdade”.
O prefeito Hildon Chaves (PSDB) enviou nota de condolências dizendo que, “Rondônia perde um grande homem e um excelente profissional, uma pessoa extremamente dedicada e comprometida com o desenvolvimento de nossa cidade e do nosso estado”, lamentou Hildon Chaves.
Filho mais novo do jornalista, Eudes Tourinho disse que a família sentirá muita saudade, mas entende que a idade do pai já estava avançada. Destacou que o pai foi um profissional ético e justo em tudo que fez, sendo a ética seu principal legado. “Meu pai não usava da força da comunicação para prejudicar ninguém. Sempre foi correto e buscava ouvir todos os lados, e só noticiava o que tinha provas”, afirmou.
O amigo e professor Anísio Gorayeb, postou mensagem emocionada considerando Euro Tourinho como grande mestre e referência do jornalismo regional. “Sempre me ensinou, e sempre foi muito carinhoso comigo. Eu sempre dizia à ele, que além de me ensinar, me deu muita sorte”, lembrou.
O jornalista Ciro Pinheiro trabalhou 50 anos no jornal Alto Madeira. Lembrou que Euro Tourinho era de bom relacionamento, dava tratamento igualitário e não censurava o trabalho jornalístico. Amigo de longa vida, Ely Souza destacou que Euro era um homem simples e de memória extraordinária.
Muito emocionada, a professora e historiadora Yeda Borzakov, disse que Euro proliferava alegria, esperança e boa vontade. “Fomos grandes amigos e tivemos muitos momentos marcantes, como na criação do acervo histórico e cultural do estado, em que Euro deu total apoio e se envolveu diretamente no projeto”, destacou.
Samaúma
O economista e jornalista Sílvio Persivo escreveu o livro “Euro Tourinho – A Samaúma da Imprensa da Amazônia”, pela Editora Scortecci, em 2016. Nas 132 páginas, registra depoimentos de quem viveu e conviveu ao lado de Euro, com diversos testemunhos da postura profissional exemplar e do lado amigo e humano sempre disposto a ouvir e aconselhar. O título Samaúma é em alusão à maior árvore da Amazônia.
A história
Euro Tourinho foi um grande entusiasta da história e da cultura. Em seus 97 anos de vida também deixou sua história de vida como exemplo de homem e amigo. Ele chegou à região em 1932, com 10 anos de idade, quando seu pai, o senhor Homero de Castro Tourinho, que era fiscal de tributos da receita do Estado do Mato Grosso, foi designado para trabalhar no antigo município de Santo Antônio, na época situado no extremo norte do Estado de Mato Grosso, do qual só restou a Igrejinha de Santo Antônio (Porto Velho). Sua mãe Eulália Malheiros Tourinho, foi professora do ensino primário.
Euro Tourinho iniciou suas atividades no jornal Alto Madeira em 1950, assinando uma coluna com o pseudônimo “Eurly Tourinho”, nome de sua única filha mulher. Foram quase sete décadas dedicadas ao jornalismo, o que o tornou uma referência para diversos profissionais.
Nascido em Corumbá (MS), Euro foi dono de seringal, herança do pai, depois veio para a cidade onde instalou um grande salão de snooker (sinuca) na rua Barão do Rio Branco, ao lado do jornal Alto Madeira, centro de Porto Velho. Numa das surpresas da vida, Euro tornou-se jornalista e, depois, diretor do jornal, onde trabalhou até o fim.
Euro viveu e registrou a história de Porto Velho no jornal Alto Madeira (100 anos). Com o irmão, Luiz Tourinho (in memoriam), empresário, construíram o primeiro edifício de porte da cidade, com os dois primeiros elevadores, o conhecido Edifício Rio Madeira.
