O desmantelamento do incentivo cultural da Petrobras coloca produtores e artistas na obrigação de procurar outras fontes de financiamento. Artista que trabalhe apenas dependendo de mecenato estatal está fora do diapasão. De resto, o governo já deu a entender que pode voltar atrás depois de decisões já tomadas.
Sem o risco de parecer receio infundado, há o temor de que o presidente Bolsonaro queira desativar o setor com base na teoria conspiratória do “marxismo cultural”, ilusão que contamina alguns setores governamentais. No entanto, a manifestação do presidente de que pretende tirar a estatal o incentivo a produções culturais talvez signifique deslocar essa ação para uma área mais compatível. A carruagem ainda não partiu.
Para se contrapor ao clima de velório entre os produtores culturais volta à cena o Amazônia Doc – Festival Pan-Amazônico de Cinema, depois de uma interrupção de sete anos, previsto para meados de abril, em Belém.
Promover documentários via intercâmbio entre Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Guianas e Suriname é uma iniciativa importante. Máxima do Templo de Delfos dizia que o ser humano precisa conhecer a si mesmo. As regiões também. Filmes documentários facilitam esse propósito.
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Depois de um inicio relutante e com sua articulação no campo político – leia-se a relação com a Assembleia Legislativa e a bancada federal – deixando a desejar, finalmente o governador Marcos Rocha (PSL) procurou alinhamento com os deputados estaduais visando conquistar uma base confiável no Legislativo. O primeiro encontro já rendeu bons resultados.
A economia de Rondônia esta seriamente prejudicada com o rigoroso inverno amazônico. Dezenas de pontes foram levadas água abaixo ou estão danificadas. A malha de estradas vicinais arrebentada, boa parte da produção sem escoamento no interior e na capital o Rio Madeira ameaçando a população ribeirinha, seja nos distritos ou na própria cidade de Porto Velho.
Como nos anos anteriores, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) se mostra bem articulado com a bancada federal na captação de recursos das emendas parlamentares. Neste sentido ele trabalha muito bem, o que tem que melhorar a agilidade dos projetos técnicos para que o dinheiro apareça posteriormente. Desde os idos de Nazif a capital tem perdido recursos pela falta de engenheiros.
Na estação das chuvas na região Amazônica é rotineiro o povão xingar as mãezinhas dos prefeitos e governadores por causa das alagações nos bairros e interrupções nas estradas. Por causa do brutal aumento de energia, as mãezinhas dos diretores da Ceron e da Aneel foram incluídas neste hábito. Quem recebeu as contas com um brutal reajuste neste mês está reagindo desta forma.
E nesta época de inundações, aumenta o fenômeno das terras caídas, que são os desbarrancamentos dos rios na zona ribeirinha. Em Porto Velho, as regiões que mais preocupam são as do Triângulo, Nacional e do Ramal Maravilha. Em Rondônia já tivemos desastres de grandes proporções em anos passados e nas cheias a tendência é que cresçam os incidentes inclusive nos distritos de Calama e São Carlos.
*** Com a BR 319, que liga Porto Velho a Manaus já paralisada no chamado “meião” pelos atoleiros e a BR 364 sofrendo seguidas interrupções, a região Amazônica vivencia maus bocados *** Mas situação pior ocorre na Bolívia com quase 15 mil desabrigados, 20 mortos e 12 desaparecidos com tanta chuva *** Trocando de saco para mala: com orçamento enxuto, a Assembleia Legislativa de Rondônia esta parcimoniosa nas nomeações de cargos comissionados *** Por falar na ALE, já estão definidas as principais comissões técnicas para a temporada.