Diariamente o Instituto Médico Legal (IML) recebe para necropsia corpos de pessoas vítimas de morte violenta, ou seja, homicídios, latrocínios, acidentes de trânsito, afogados, queimados, vítimas de queda, suicídios, e alguns casos que têm a causa da morte não esclarecida. Os corpos que dão entrada no IML passam pela necropsia, e quando são identificados, em no máximo 24 horas e são liberados para a família fazer o sepultamento.
Diante deste fato, uma família de uma vítima fatal de acidente de trânsito, que se encontrava na Delegacia de Polícia Civil de Ariquemes, à espera de um exame de necrópsia, acidente este, ocorrido esta semana no município de Cujubim.
Segundo os familiares, não se pôde realizar o procedimento por falta de condições de estrutura no local. “É um absurdo quando fiquei sabendo que a necrópsia não podia ser feita por causa da falta de luz no IML.
Profissionais lá têm, não se tem estrutura. É por isso que a gente vê tantas famílias em sofrimento, velando seus parentes, passando essa humilhação, uma falta de amor, na verdade, que o poder público vem demonstrando com a gente, falar que não tem energia elétrica para fazer uma autopsia”, indagou emocionado o irmão da vítima, José Silva Oliveira.
A partir das atuais condições do IML de Ariquemes, além da coleta, tratamento e destinação final dos resíduos de serviço de saúde da instituição, com relação às regras para funcionamento do prédio do IML, o secretário de Governo explicou que para se solucionar este problema, de energia, local adequado para tais exames, medidas já estão sendo tomadas, como, por exemplo, a licitação das obras para a mudança do estabelecimento para o bairro Rota do Sol. “Já solicitamos as obras e falta agora a liberação dos recursos pelo BNDES, e mais rápido possível serão iniciadas essas mudanças”, concluiu Vânio Marques, secretário regional de Governo.
EXPLICAÇÃO
Segundo Vânio Marques, a situação do IML do Município, acerca do seu funcionamento para a realização de perícias médico-legais, que por lei há uma determinação junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM), que só pode ser realizada autópsia até as 18h. “É claro que a família nesses casos, que vêm de longe, fica preocupada com a liberação do corpo, mas são normas que devem ser seguidas”, constatou o secretário regional.