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Diário da Amazônia

Feijão lidera custo no preço da cesta básica

Em Cacoal houve um aumento de 7,89% nos ítens, de acordo com a pesquisa.

Por Magda Oliveira Diário da Amazônia
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Publicado: 09/11/2015 às 05h10min | Atualizado 09/11/2015 às 08h15min

O pecuarista Delcídio Antônio deixou de fazer compras mensais, agora só semanalmente

O pecuarista Delcídio Antônio deixou de fazer compras mensais, agora só semanalmente Magda Oliveira/Diário da Amazônia

Ver carrinhos lotados no supermercado não é algo que tem sido comum em Cacoal. Com a alta dos preços, muitos consumidores estão preferindo dividir a compra que normalmente era feita mensalmente. De acordo com uma pesquisa realizada por acadêmicos do curso de Economia da Unesc, nos últimos nove meses houve um aumento de 7,89% nos itens que compõem a cesta básica. O item que mais apresentou aumento foi o feijão, com uma alta de 40,2%.

Esse aumento já foi sentido no orçamento do pecuarista Delcídio Antônio da Silva, há 60 dias ele parou de realizar compras mensais e passou a ir ao mercado semanalmente. Antes visita os mercados, realiza pesquisa de preços e compra os produtos que estão na promoção. “Eu sempre pesquiso em quatro mercados antes de comprar o produto. Percebi que comprar mensalmente não está mais compensando, agora adquiro somente o necessário”, disse Delcídio.

De acordo com o professor universitário Elias Nunes, os produtos que apresentaram maior aumento foram o feijão com 40,2%, óleo de soja 17,02%, carne de segunda com 15,81%, muçarela 15,72% e açúcar com 16,06%. O aumento no valor da cesta básica de janeiro a setembro de 2015 foi de 7,89%. “Isso significa que à medida que o salário não sobe no mesmo ritmo do aumento dos produtos, o trabalhador acaba ficando com menos poder de compra. É importante que o consumidor esteja atento, faça pesquisa de preço em pelo menos dois estabelecimentos e adotar hábitos alimentares diferentes, que possam privilegiar os produtos de época, que acabam sendo mais baratos”, orientou o professor.

O modelo de pesquisa utilizada pelos acadêmicos foi de aplicabilidade do menor preço por item. Os alunos pesquisaram 22 produtos de alimentação, quatro itens de limpeza e cinco produtos de higiene, totalizando 31 elementos.

O professor acredita que o aumento nos produtos possa continuar. “Tudo irá depender do comportamento do mercado, como aumento do dólar e combustível”, explicou Elias.

O valor da cesta básica em dezembro de 2014, era de R$ 353,88. Em setembro de 2015 esse valor passou para R$ 381,80, o que equivale o + 7,89%.



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