O presidente da Fiero, Marcelo Thomé ,conduziu os debates no Fórum de Logística na Rondônia Rural Show
Organizado pela Federação das Indústrias de Rondônia – Fiero, o evento foi realizado na tarde da última quarta-feira, (25) no pavilhão Internacional de Negócios, dentro da 5ª Edição da Feira Rondônia Rural Show. Representantes de várias empresas interessados em importação e exportação ouviram atentamente as palestras oferecidas pela organização do evento.
Presente no Fórum, o vice-governador Daniel Pereira afirmou que “a falta de informação e problemas com a legislação impedem o desenvolvimento, tanto da exportação quanto da importação” e parabenizou a Fiero pelos temas discutidos e pela qualidade dos palestrantes.
A deputada Marinha Raupp elogiou a iniciativa da Fiero e colocou-se à disposição para trabalhar, por exemplo, na questão da adequação da legislação e solução para entraves alfandegários.
O presidente da Fiero, Marcelo Tomé, falou da importância da regularização alfandegária na fronteira com a Bolívia e nos benefícios que a saída irá trazer para o Estado. Como exemplo citou a compra de sal no país vizinho que, por uma questão de logística, irá diminuir muito os custos para o produtor rural rondoniense.
Victor Hugo, representante Comercial do Peru no Brasil, ressaltou durante sua palestra, que o país tem grande interesse na compra de arroz, carne bovina e milho. O representante do Peru falou ainda sobre as dificuldades encontradas para a venda de hortifruti para Rondônia. Segundo Victor Hugo, o Peru envia semanalmente, cerca de 10 carretas carregadas com cebola para os estados do Amazonas e Acre, mas por causa de alguns entraves não consegue chegar a Rondônia.
Durante sua palestra no Fórum, Rui Lourenço, gerente regional para região Norte da MSC- Mediterranean Shipping do Brasil, falou sobre a “Evolução Logística dos Embarques de Longo Curso” e a nova rota de transporte de longo curso em parceria com operadores de balsa no trecho Porto Velho, Manaus, Panamá.
Para que seja utilizada esta rota, destacou a necessidade de um porto público em Porto Velho e das autarquias aduaneiras operarem com um contingente de inspetores para transitar toda a parte aduaneira das exportações, e com isso oferecer segurança aos exportadores que utilizam rotas no sul do Brasil.
Rui afirmou que a MSC já viabilizou equipamento, operadores fluviais, rotas regulares semanais, tempo de navegação reduzido, em igualdade com os serviços oferecidos pelos armadores no sul do País. Estas ações vão reduzir custos, tempo e aumentar a segurança.
De acordo com o representante da MSC, há um entendimento entre a Anvisa, Receita Federal, Ministério da Agricultura e Ibama. No entanto, não há inspetores suficientes para abrir uma demanda oferecida pelo Estado e neste caso, o governo de Rondônia precisa disponibilizar mão de obra suficiente para que o trabalho tenha início e sequência de forma contínua. Isto dará segurança ao cliente para exportar pelo Estado, pois ele saberá que terá todas as garantias.
Vale ressaltar que a MSC – Armador de transporte em container é a segunda maior empresa do mundo neste segmento e no Brasil é líder de mercado.
Durante o Fórum, outras palestras foram ministradas por Elizangela Pereira, assessora da Câmara de Logística da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, que falou sobre a Visão Panorâmica do Escoamento. O diretor-presidente do Porto de Porto Velho, Leudo Buriti, explanou sobre “ Porto de Porto Velho – “Caminho dos Bons Negócios” e Olivier Roger Girard – Consultor da Macrologística Consultoria falou sobre “Integração dos Modais Hidrovia e Ferrovia”.
