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RONDÔNIA

Focos de calor ultrapassam os de 2013

A população de Porto Velho experimenta os dias mais quentes e secos do ano, neste mês de agosto. Na última terça-feira (26), os..

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Publicado: 28/08/2014 às 14h52min

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A população de Porto Velho experimenta os dias mais quentes e secos do ano, neste mês de agosto(Foto: Jota Gomes/Diário da Amazônia)

A população de Porto Velho experimenta os dias mais quentes e secos do ano, neste mês de agosto. Na última terça-feira (26), os termômetros registraram 37,2ºC, o dia mais quente do ano, de acordo com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e no último dia 20, a população sentiu na pele, os efeitos do dia mais seco, quando a umidade relativa do ar registrou mínima de 19%, índice considerado de alerta pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A média anual para a umidade relativa do ar nesta região é de 83%.

Para se ter uma ideia do que representa esta fase que o porto-velhense atravessa, no ano passado, o dia mais quente registrou 35,1ºC e no dia mais seco, a umidade relativa do ar mínima foi de 25%, ainda assim, de acordo com o Sipam essa variação de temperatura é considerada normal para o período, pois no final do mês de agosto ocorre o final da estação seca.

De acordo com a OMS, o índice de umidade ideal para o convívio humano é de 60%; entre 20% e 50% são estados em que a comunidade deve ter atenção, entre 19% e 12% estado de alerta e abaixo de 12% é considerado estado crítico ou de emergência, neste caso com intervenção do setor público.

Segundo Marcelo Gama, meteorologista do Sipam, este ano está realmente mais seco que o ano passado, mas este fenômeno é sentido em vários Estados da região central do Brasil, em decorrência de uma massa de ar seco que dificulta a formação de nuvens, outro fator que colabora são os focos de calor provocados por queimadas, que colaboram com o aumento do número de partículas de poluição no ar. De acordo com Gama, o recomendado é que a população adote medidas preventivas para enfrentar essa fase, tão quente e tão seca.

C2Fogo-II-100809- JGomes. (44) copyCapital é campeã em focos de calor

De janeiro até o dia 25 de agosto foram registrados 3.227 focos de calor em Rondônia e a região de Porto Velho foi a campeã em mal exemplo, produziu 1.296 focos, seguido de Nova Mamoré, com 283, Candeias do Jamari, 263, Machadinho do Oeste, 239 e Vilhena, com registro de 179 focos de calor.

Nas últimas duas semanas foi o período em que a população mais queimou, só em Porto Velho foram 1.197 focos, Nova Mamoré 250, Candeias do Jamari 232, Machadinho do Oeste, 208 e Cujubim registrou 150 focos de queimada, ou seja, 92% das ocorrências foram registradas nas últimas duas semanas. “Notamos a altíssima concentração destes números em curto período de tempo. Em Nova Mamoré e Candeias do Jamari essa porcentagem é de 88% no mesmo período”, explica Ana Cristina Strava Corrêa, coordenadora de operações do Sipam. De acordo com ela, os focos de calor podem representar um único evento, bem como a somatória de vários focos de calor podem representar um incêndio, por exemplo.

Os dados quanto aos focos de calor assustam ainda mais quando são referentes ao mês de agosto: de 01 a 25 deste mês, em Rondônia foram registrados 2.869 focos de calor, no ano passado em todo o Estado foram registrados 383 focos no mesmo período. Em Porto Velho, de 01 a 25 de agosto foram registrados 1.246 focos de calor, no ano passado, neste mesmo período foram registrados 80 focos, ou seja, num único mês houve aumento de 749% no número de focos de calor na Capital.

Cuidados

  • Com informações do Boletim Informativo do Vigiar-RO, da Agência Estadual de Vigilância Sanitária em Saúde (Agevisa), para ajudar o organismo a suportar a forte incidência de calor e baixa da umidade do ar, alguns cuidados podem ser adotados. Siga as dicas:
  • Evitar a prática de atividades físicas ao ar livre e a exposição ao sol entre 9h e 17h;
  • Beber bastante líquido, dando preferência ao consumo de água (principalmente crianças e idosos), para evitar a desidratação;
  • Aumentar a ingestão de frutas e alimentos ricos em água, evitando alimentos gordurosos.
  • Mantenha os ambientes umidificados utilizando recipientes (vasilhas) com água ou toalhas molhadas, ou umidificadores elétricos no quarto antes de dormir, para evitar ressecamento das vias respiratórias.
  • Utilizar soro fisiológico nos olhos e nariz e colírio para lubrificar os olhos;
  • Usar pano úmido na higiene doméstica ao invés de vassoura;
  • Mantenha os ambientes arejados e livres de poeira;
  • Evite permanecer em ambientes fechados em que haja concentração de pessoas. Não fume.
  • Alerta! A baixa umidade do ar pode agravar problemas de saúde. Pode favorecer casos de dor de cabeça, sangramento nasal, irritação dos olhos, secura na pele. É interessante molhar as mãos de vez em quando.

Por Mineia Capistrano

 



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