Porto Velho/RO, 21 Março 2024 23:20:15
RONDÔNIA

Frota reduzida dificulta atendimento do Samu na capital

Em Porto Velho a Zona que mais solicita o Serviço é a Leste, principalmente em decorrência de acidentes de trânsito

Por Ana Kézia Gomes Diário da Amazônia
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Publicado: 13/03/2018 às 15h22min | Atualizado 13/03/2018 às 15h55min

Atualmente apenas quatro ambulâncias atendem a população de Porto Velho

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) possui apenas quatro ambulâncias para atender a população de Porto Velho. De acordo com a direção do Serviço, a frota deveria contar com sete veículos para suprir a demanda dos mais de 500 mil moradores da capital. A frota baixa tem sido o principal motivo na demora no atendimento.

Na quinta-feira, dia 8, o Mistério da Saúde deveria entregar quatro veículos para auxiliar nos chamados, mas uma das ambulâncias foi furtada durante o trajeto para Porto Velho e apenas três carros foram entregues. “A empresa que ganhou a licitação nos enviou o boletim de ocorrência, informando que o furto aconteceu em Salvador. Eles disseram que o veículo será reposto até o dia 20 deste mês”, afirmou Marta Cavalcante, diretora do Samu em Porto Velho.

No quadro efetivo de funcionários o Samu conta com apenas 19 condutores que se dividem para atender a população: o número deveria ser 35. De acordo com a direção, o caso foi apresentado à Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), mas até a conclusão desta matéria, não havia informações sobre o prazo para reorganização do quadro.

Problemas com trotes

Ainda é frequente o número pessoas que efetuam ligações falsas. Em um levantamento feito pela equipe do Samu, mais de 150 trotes foram feitos num espaço de 15 dias. “Estamos tentando fazer o possível com as ferramentas que temos, mas a população também precisa se conscientizar”, pontuou a diretora.

Na sexta-feira, dia 9, uma criança foi atropelada em frente ao Instituto Estadual de Educação Carmela Dutra, em Porto Velho. O Samu foi solicitado, mas alegou que não havia ambulância para socorrer a vítima, que ficou no chão com uma fratura exposta em um dos braços. Após aproximadamente duas horas de espera, uma ambulância de resgate do Corpo de Bombeiros socorreu a vítima.

Marta Carvalho explicou que nesse dia as linhas telefônicas do Samu estavam com problemas para receberem ligações de celulares. “Só estavam recebendo de telefones fixos, mas foi um problema diretamente da operadora”, disse.

Atendimentos

Mesmo com frota reduzida, o Samu realiza 1200 atendimentos por mês, atuando em todo o perímetro do município de Porto Velho, chegando até Jaci-Paraná e em casos específicos a Candeias do Jamari. Em Porto Velho, a demanda maior de solicitações vem da Leste, principalmente em decorrência de acidentes de trânsito. Com o grande número de chamados na área, está sob estudo a criação de pontos de apoio para diminuir o tempo de espera da população. “O plano é deixar duas ambulâncias na Zona Leste, uma na Sul e quatro na base (localizada na Avenida Pinheiro Machado) para quando a população acionar estarmos mais próximos”, explicou Marta. Segundo ela, essa estratégia será posta em prática quando as sete ambulâncias estiverem em circulação.



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