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Diário da Amazônia

Gastos de recursos com reparos chegam a 10% do orçamento

O dado faz relação com o valor de R$ 1, 4 mi que são repassados ao Saae de Vilhena

Por Redação DIÁRIO DA AMAZÔNIA
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Publicado: 15/07/2018 às 07h30min

Contando atualmente com uma arrecadação de R$ 1,4 milhão por ano, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) travou uma batalha diária contra vândalos na cidade. Todos os dias são gastos, em média, R$ 410 para consertar encanamentos estragados, canos cortados, hidrômetros destruídos ou bombas roubadas. Por ano, o montante soma até R$ 150 mil, ou seja, pouco mais de 10% da arrecadação do órgão durante todo o ano.

Por ano, o montante soma até R$ 150 mil com reparação nas ações de vandalismo. (Foto: Divulgação)

“Quando você tem que mobilizar uma equipe de técnicos apenas para reparos de estragos feitos por baderneiros você percebe que as coisas não estão indo bem”, revela Maciel Wobeto, diretor da autarquia. “Em vez de estarmos evoluindo no saneamento, aumentando nossa rede ou melhorando nossos equipamentos, estamos todos os dias correndo atrás do prejuízo causado por vândalos”, conta.

Há 13 anos na instituição, Maciel já presenciou todo tipo de ataque contra a rede de água e esgoto. Lidando agora com a gestão do Saae, o técnico afirma que o déficit de servidores, as dificuldades de caixa e os gastos elevados com energia fazem as contas do Saae serem extremamente apertadas.

“A taxa de lixo, reduzida por força das autoridades, não cobre nem 50% do custo da coleta. Assim, temos que remanejar o dinheiro dos impostos da água. Isso nos gera um prejuízo de R$ 100 mil por mês”, explicou Maciel.

PROBLEMÁTICA

Em meio aos problemas, lidar com pessoas que desejam destruir a rede de água torna tudo mais difícil, segundo Maciel. No entanto, com a instalação de câmeras na cidade e com a ajuda de moradores, é possível identificar alguns dos atores. Geralmente atacando na madrugada ou tarde da noite, os vândalos prejudicam a eles mesmos.

“Os custos com vazamento de água, pessoal técnico de reparo, equipamentos, material e aparelhos para recuperar os pontos quebrados por baderneiros acabam sendo incluídos na conta de água, obviamente. É lastimável”, completou o diretor.

O diretor do Saae pretende iniciar uma campanha de conscientização, bem como buscar parcerias com os presidentes de bairros, vigilantes noturnos e empresas de monitoramento para tentar amenizar o problema.



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