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Diário da Amazônia

Vilhena: ICMS será usado para atrair novos investidores, diz Semtic

A Secretaria Municipal de Turismo, Industria, e Comércio (Semtic) de Vilhena anunciou esta semana que a alta na arrecadação de Imposto..

Por Portal SGC
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Publicado: 22/09/2014 às 15h58min | Atualizado 28/04/2015 às 08h13min

Avenida Major Amarante, que antes concentrava o comércio local, agora divide com outras o movimento econômico

Avenida Major Amarante, que antes concentrava o comércio local, agora divide com outras o movimento econômico

A Secretaria Municipal de Turismo, Industria, e Comércio (Semtic) de Vilhena anunciou esta semana que a alta na arrecadação de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias, e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal, e de Comunicação (ICMS) será utilizada como ferramenta publicitária a fim de atrair novos investidores, e empresas, para Vilhena. Quem confirmou a informação foi o titular da pasta, Eliar Negri, e o adjunto, Dari de Oliveira.

Os representantes da Semtic, apesar de não detalharem as estratégias que pretendem utilizar para êxito na campanha, adiantaram que já receberam contato de grandes empresas que pretendem se instalar no município em breve como, por exemplo, a loja de departamentos, eletrodomésticos e decorações Havan, que está negociando terrenos para construção de uma unidade no Cone Sul. Dari de Oliveira explicou que a alta no ICMS do município está relacionada a dois segmentos básicos da economia local, que é o agronegócio, e a construção civil, bem como os serviços complementares relacionados a ambos. Ele acrescentou que o município de Vilhena está muito bem posicionado geograficamente, e isso contribuiu com a melhor posição no ranking estadual em arrecadação, que em 2014 subiu para segundo lugar, ultrapassando o município de Ji-Paraná.

O secretário adjunto enfatizou que Vilhena vende, em média, 300 mil litros de combustível por dia, juntando todos os postos da cidade, e contando com o tráfego de carretas, as quais abastecem nas empresas de Vilhena, além do comércio de implementos e máquinas agrícolas, que segundo ele é forte na regão. “E a construção civil também é importante para essa alta, uma vez que todos os produtos relacionados à construção são tributados na cidade, que hoje tem aproximadamente 1,2 mil construções”, explicou Dari. Eliar, por sua vez, disse que a preocupação da Semtic em atrair mais empresas não é maior do que aquela de manter as que têm produzindo, e principalmente preparadas para receber a concorrência. “Não adianta trazer novos empreendimentos e abandonar os que já existem. Temos oferecido diversos cursos de capacitações para que o empresariado possa evoluir, e consequentemente encarar a concorrência com menos dificuldade”, opinou o chefe da Semtic. Algumas instituições do município questionam essa alta, e acreditam que os números podem ser diferentes.

O Diário tentou contato com os representantes das instituições, porém cancelaram as entrevistas sob a alegação de não terem, ainda, acesso a dados que possam desmentir a informação da alta do ICMS.

Secretário nega que possa haver erro de cálculo na alta do ICMS

O titular da Semtic fora questionado sobre um possível erro de cálculo que resultou na alta do ICMS, fato que foi negado por ele. “Não existe possibilidade de erro nesse sentido. Basta andar pelas ruas e ver o número de avenidas que se tornaram comerciais e mantém um fluxo econômico muito grande. Não devemos pensar na economia de Vilhena olhando apenas para a Major Amarante (avenida tradicional do comércio local), e sim analisando como um todo, de forma macro. A partir desta percepção simples, percebemos que os dados estão corretos”, explicou. Pelo fato de a construção civil ter despontado como um dos segmentos econômicos mais pujantes de Vilhena, alguns setores como, por exemplo, de eletrodomésticos sentiram uma queda nas vendas. “Isso é normal.

O brasileiro tem consigo o sonho da casa própria, e neste momento os vilhenenses estão construindo suas casas. Dentro de pouco tempo o investimento que vêm empregando em materiais de construção serão destinados para outros setores”, analisa. Por fim, o secretário de turismo, indústria e comércio, disse que não há nada que impeça, ou que vem travando, a economia local, e isso é o resultado do bom momento econômico que o município vem vivendo. “E temos que utilizar essa onda para aquecer ainda mais a nossa economia”, arrematou.



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