A Estrada da Areia Branca ficou interditada depois da forte chuva que assolou a capital rondoniense na madrugada de domingo para segunda-feira.
Depois de várias horas muita chuva, o Igarapé Bate Estaca que fica pouco depois da fábrica da Coca-Cola (o que faz a via ser chamada também de Estrada da Coca-Cola) transbordou e cobriu a travessia que tinha sido erguida com terra pela prefeitura.
De acordo com um funcionário da Secretaria Municipal de Programas Especiais e Defesa Civil (Sempedec), que não quis se identificar, não há previsão de quando a estrada voltaria a operar. Até o fechamento desta edição, outro responsável pela obra não foi localizado para esclarecer o que será feito no local.
Volume de água formou uma intensa cachoeira
O problema é o volume de água que escorre por cima da travessia de terra e forma uma intensa cachoeira, sendo impossível a travessia.
O trecho passava por obras há cerca de três semanas, sendo preparada para uma galeria pluvial e uma ponte para que a travessia, antes feita sobre uma ponte de madeira, ficasse mais segura.
“Alguns motoristas já tentaram passar mesmo com a água forte e não há condições, por isso precisamos interditar a área”, afirmou o funcionário da Sempedec.
Ele também explicou que provavelmente será colocada uma instalação provisória, com bueiros, para que a estrada seja utilizável temporariamente até que a galeria pluvial fique pronta. “Não há uma previsão ainda porque temos que esperar a água baixar. Ela baixou pouco desde que parou de chover e não sabemos quanto tempo vai levar até que o fluxo de água se estabilize e a pista possa ser liberada para tráfego, então estamos aguardando”, disse.
Morador fica fora de casa
Em frente à antiga ponte de madeira fica situada a casa de dona Maria Aleluia, que está do lado de fora desde as 5h30 da manhã, horário em que ela notou a água entrando na residência. “Bem cedo eu percebi que a água estava subindo e entrando em casa e precisamos sair, estamos aqui na rua desde então”, disse dona Maria.
Na residência, a água chegou a cerca de 20 centímetros do piso, mas no período da tarde, quando a equipe do Diário visitou a residência, ela já tinha baixado cerca de 10 centímetros, mas ainda não era possível ficar dentro da casa – o que causa uma sensação desesperadora para dona Maria. “O pessoal [da Defesa Civil] disse que vão nos levar para casas do outro lado do rio até que seja feito algo aqui, mas nós não queremos ir, queremos a nossa casa”, desabafou a senhora.
Dona Maria disse ainda que foi avisada que, quando a água baixar, a travessia de terra que tem gerado a cachoeira será destruída, liberando ainda mais o fluxo de água. “Estou aguardando que esse trabalho seja feito, pois querem nos levar para um alojamento do outro lado do rio, mas eu quero aguardar os trabalhos e ficar na minha casa”, acrescentou.
Apesar de a água baixar e o Sol ter aparecido no fim da tarde de ontem, é bom que os moradores da região fiquem atentos: o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) prevê pancadas de chuva hoje e amanhã para a região de Porto Velho.