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Diário da Amazônia

Impeachment chega à fase final no Senado

Hastes de bandeiras para evitar que o material fosse usado como arma.

Por Agência Brasil
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Publicado: 31/08/2016 às 05h00min

Jurista Miguel Reale Júnior disse que há provas de que houve crime de responsabilidade

Jurista Miguel Reale Júnior disse que há provas de que houve crime de responsabilidade

Com um muro dividindo a Esplanada dos Ministérios em ala pró e contra o impeachment, a segurança nos arredores do Congresso Nacional foi intensificada ontem para os momentos finais do processo que poderá levar a presidente afastada Dilma Rousseff a deixar a Presidência da República. Durante todo o dia, mais de 1,3 mil policiais militares devem fazer a segurança da região central de Brasília.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, foram apreendidas hastes de bandeiras para evitar que o material fosse usado como arma, como já aconteceu em manifestações anteriores. Fora isso, não há registros de ocorrências.
Ao dividir o tempo de uma hora e meia, destinado à acusação, com a advogada Janaína Paschoal, o jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, adotou, durante toda sua exposição, um tom ainda mais duro que a colega para pedir a condenação da petista.

Reale afirmou que houve aparelhamento do governo e que há provas concretas de que houve crime de responsabilidade. “Não é apenas um formalismo, mas é a verificação exata da ocorrência de fatos delituosos graves. Como não há crime de responsabilidade? Há sim. Há cadáver e há mau cheiro desse cadáver. O crime está inicialmente em se ter utilizado os bancos oficiais para financiar o Tesouro”, ressaltou.

Após a advogada de acusação Janaína Paschoal terminar sua fala, um princípio de tumulto começou no plenário. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) reclamou no microfone que o deputado federal José Guimarães (PT-CE) chamou a advogada de “golpista”.

“Golpistas foram aqueles que saquearam a Petrobras, golpistas são aqueles que fraudaram a contabilidade pública”, afirmou Nunes aos gritos. O tucano pediu que o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), chamasse a Polícia do Senado para retirar o deputado petista do plenário do Senado, caso o comportamento se repetisse. “Eu não tenho medo de você, nem de vocês”, completou Nunes.



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