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Inflação causa alta no preço da carne

Quilo do patinho, uma carne de primeira, passou a custar R$ 17, enquanto em dezembro de 2014 era vendido a R$ 14 Com os preços da..

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Publicado: 28/04/2015 às 03h40min | Atualizado 30/04/2015 às 13h33min

Quilo do patinho, uma carne de primeira, passou a custar R$ 17, enquanto em dezembro de 2014 era vendido a R$ 14

Quilo do patinho, uma carne de primeira, passou a custar R$ 17, enquanto em dezembro de 2014 era vendido a R$ 14

Com os preços da carne em alta, as famílias já começam a comprar menos. O aumento é de 2,4% em janeiro, comparado ao mês de dezembro de 2014. Com relação a janeiro do ano passado, o aumento é de 17,7%. As informações foram disponibilizadas em um levantamento feito pelo Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Rondônia (Unir).

O patinho, uma carne de primeira, passou a custar cerca de R$ 17 o quilo. Em dezembro, custava R$ 14. Com a alta, a opção de várias famílias tem sido comprar carne de segunda e em menor quantidade, afirma Kênia Esteves, proprietária de um açougue na zona Leste da capital. “As famílias estão comprando menos, se antes eles compravam dois quilos de carne, hoje compram um quilo, no máximo”, frisou.

Contudo, o aumento é sentido em todos os setores. A cesta básica é um exemplo: em Porto Velho custa atualmente R$ 273,92. Alta de 4,43% na comparação com dezembro, quando custava R$ 256,47. Em relação ao mês de janeiro de 2014, houve um aumento de 6,38%. No acumulado dos últimos doze meses, subiu 7,15%.

Dólar alto

Para Francisco Silva, proprietário de um açougue na região central de Porto Velho, a inflação e o aumento do dólar têm contribuído para a alta dos preços. “As vendas caíram cerca de 30%, as pessoas não estão comprando como antes, parece que o dinheiro sumiu da cidade”, relatou.

Os índices do País também apontam para uma alta nos valores dos alimentos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eles devem ficar 3,5% mais caros este ano (8,19%, comparado aos últimos doze meses). A taxa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 8,13% nos 12 meses, até março. A variação mensal atingiu 1,32%, maior índice desde fevereiro de 2003.

Restaurante também ficou mais caro

Mas não são apenas açougues e pequenos consumidores os únicos a sentir a alta, os restaurantes enfrentam sérios problemas com relação ao período. Com o valor da carne disparado no mercado, quem paga a conta é o consumidor. De acordo com Sérgio Andrade, proprietário de um restaurante no Centro da cidade, o movimento no estabelecimento comercial caiu muito, pois os consumidores não aprovam o aumento. “Antes eu vendia um quibe cru por R$ 30. Atualmente, com a alta, precisei reajustar o valor para R$ 40 e muita gente deixou de frequentar o lugar”, contou.

Segundo especialistas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), é preciso mudar a maneira de agir nos negócios. O primeiro passo é reavaliar o plano de negócios. Se nunca houve a preocupação de fazê-lo, a situação da economia é oportuna e necessária. O mais importante é verificar para onde o negócio pode e quer ir, quais são os objetivos com o novo cenário e o que a empresa pode oferecer aos clientes para se diferenciar. As respostas constituirão um plano de curto e médio prazo e o ponto focal é como sobreviver com solidez aproveitando as eventuais oportunidades.

 

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