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Diário da Amazônia

Investidores apostam em moeda eletrônica

O sistema monetário eletrônico tem atraído muitos investidores.

Por Ana kézia Gomes Diário da Amazônia
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Publicado: 21/11/2017 às 06h50min

O economista Avenilson Trindade recomenda cautela e conhecimento sobre a nova moeda

Em época de crise econômica crescem as alternativas de investimentos ao redor do mundo. A nova tendência são as criptomoedas, que são basicamente dinheiro digital. O Bitcoin é um exemplo delas, uma moeda como o euro, dólar e real, porém que não existe fisicamente e não é controlada por nenhuma autoridade tradicional ou governo central. Seus usuários utilizam a internet para “minerar” as moedas. Minerar é o termo usado para realizar as transações. Uma novidade na economia que tem atraído milhares de pessoas pela curiosidade.

Em Porto Velho, o servidor público Rafael Izidoro disse que conheceu o Bitcoin através de um amigo e atualmente é um investidor na área. “Eu já tinha ouvido falar muito que os bitcoins estavam fazendo sucesso, valorizando muito e tem todo aquele mistério de como tem tanta gente ganhando dinheiro com isso. Então eu quis me aprofundar de verdade, pesquisar e descobrir como funciona”, relata Rafael. Segundo ele, entre as vantagens dos bitcoins está a facilidade no processo de investimento. “Você pode investir através de computador e até por aplicativos de celular, então posso, a qualquer momento, acompanhar a cotação, comprar e vender de uma maneira fácil”, explica.

As transformações digitais permitem a modernização financeira e as criptomoedas são a grande aposta voltada aos meios de pagamento do futuro. De acordo com o economista Avenilson Trindade, os bitcoins são relativamente novos para a economia e que por isso ainda não foi possível avaliar todas as suas possibilidades. Ele acredita que, por oferecer uma negociação direta, sem intermediação e sem controle oficial, é provável que se torne mais popular. O investidor Rafael Izidoro acrescenta que como toda novidade muita gente ainda tem medo e receio de investir. “Aqui em Porto Velho ainda são poucos os lugares que aceitam, eu só conheço três locais que trabalham com bitcoins”, informa. “Mas as apostas são de que nos aproximaremos cada vez mais de um mundo de pagamentos instantâneos por meio da internet”, acrescenta.

Como mencionado, as moedas virtuais não podem ser controladas por nenhuma autoridade monetária governamental e isso preocupa o Banco Central, que divulgou um comunicado destacando os riscos de suas operações, dentre os quais a falta de garantia de conversão para moedas soberanas, variação de preços e possíveis perdas durante o armazenamento. O economista Avenilson Trindade destaca que os riscos presentes em determinado negócio estão relacionados com o conhecimento prévio ou estimativa das possibilidades de ocorrências negativas. “Como é algo novo para muita gente, e sem controle oficial, é necessário que exista uma compreensão ampla e segura da sua funcionalidade para que o investidor possa optar por este negócio, mesmo porque o risco nos negócios pode ser gerenciado”, diz Avenilson.



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