A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL) comunicou aos colegas de Assembleia Legislativa durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que foi ameaçada por telefone. Policiais Militares foram deslocados para o plenário Dom Pedro I.
Por telefone, um homem afirmou que estava indo com mais duzentas pessoas “pegar” a deputada. Janaína está sob pressão após fazer críticas ao protesto marcado para o dia 26 em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
“Uma hora eu estou apanhando da esquerda, agora…”, disse a deputada aos responsáveis pela segurança. “Pode ser uma bobagem, mas eu tenho que avisar”.
Finalizada a reunião, o Terra procurou a deputada em seu gabinete, mas não a encontrou.
Uma assessora disse que o anúncio foi uma atitude precipitada de Janaína. Ela teria entendido errado, e a intenção do homem seria apenas ter uma audiência com a deputada, acompanhado de outros apoiadores do governo Bolsonaro.
Janaína Paschoal aparentava nervosismo quando comunicou o fato aos colegas, mas parecia mais tranquila quando conversou com os seguranças. Ao avisar da ameaça, estava lendo seu parecer sobre um projeto de lei que trata de segurança nas escolas públicas.
“A gente está vivendo uma loucura generalizada”, disse Janaína.
Deputada estadual mais votada da história e figura importante no impeachment de Dilma Rousseff, Janaína Paschoal entrou na mira dos bolsonaristas mais radicais após uma série de tuítes nessa semana.
“Acordem! Dia 26, se as ruas estiverem vazias, Bolsonaro perceberá que terá que parar de fazer drama para TRABALHAR!”, escreveu a deputada três dias antes de falar das ameaças na Assembleia Legislativa. Leia a mensagem completa:
Olá, Amados! Eu imaginei que não precisaria me manifestar, mas a situação está tomando uma dimensão com a qual eu não contava. Por isso, preciso fazer alguns esclarecimentos.
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) 19 de maio de 2019