O ex-prefeito de Vilhena, José Rover (PP), preso há quase sete meses no Centro de Correição da Polícia Militar, em Porto Velho, foi beneficiado com alvará de soltura assinado pelo desembargador Renato Mimessi. Rover, que completará 50 anos no próximo dia 23, será monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.
O documento contém uma série de restrições para serem cumpridas pelo ex-prefeito como medidas cautelares, como entregar o passaporte, não entrar em prédio do poder público municipal na sua cidade, não ocupar função pública, comparecer em juízo a cada 15 dias para informar sobre as atividades que estiver exercendo, além de não pode ser aproximar ou manter contato direto ou indireto com os demais acusados ou com testemunhas arroladas no processo investigatório, “salvo se necessário para o exercício de sua defesa ou relevante para o acordo de colaboração premiada…”
Rover foi preso durante a Operação Áugias, desencadeada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado, no dia 10 de novembro, acusado de chefiar organização criminosa que atuava no Poder Executivo praticando diversos crimes, como a cobrança de propina. A estimativa é que mais de R$ 5 milhões tenham sido desviados da prefeitura de Vilhena em seis anos.
Foram acusados também ex-secretários municipais, servidores, empresários, o então vice-prefeito Jacier Rosa Dias, além de vereadores.
