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Diário da Amazônia

Madeireiros de RO denunciam apreensão ilegal no Mato Grosso

Mais de 100 caminhões teriam sido apreendidos nas cidades de Alto Araguaia e Sonora, ambas de Mato Grosso.

Por Assessoria
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Publicado: 10/07/2015 às 06h45min

Maurão reuniu secretário Vilson Salles, deputado Ribamar para ouvir madeireiros

Maurão reuniu secretário Vilson Salles, deputado Ribamar para ouvir madeireiros

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso estaria apreendendo as cargas de madeira que saem de Rondônia, legalizadas e certificadas, com destino ao Sul e Sudeste do País. A denúncia foi apresentada ao deputado estadual, Ribamar Araújo (PT), que acompanhou uma comitiva de madeireiros de Rondônia em reunião com o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PP). Participaram, ainda, os deputados Edson Martins (PMDB), Jean Oliveira (PSDB), Hermínio Coelho (PSD) e Jesuíno Boabaid (PTdoB).

O relato é de que mais de 100 caminhões teriam sido apreendidos nas cidades de Alto Araguaia e Sonora, ambas de Mato Grosso. “A madeira sai legal de Rondônia, fiscalizada pela Sedam [Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental] e pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis] com toda a documentação necessária, com destino ao Sul e Sudeste. Mas, sem nenhuma motivação, os caminhões que apenas estão passando pelo Mato Grosso, estão sendo apreendidos”, explicou Ribamar Araújo.

Maurão se inteirou do problema e acionou o titular da Sedam, Vilson Salles, para uma reunião que discutiu o impasse. “Não podemos aceitar que quem está trabalhando de forma legal seja penalizado, marginalizado e impedido de exercer sua atividade. O Mato Grosso não pode fazer esse tipo de ação, pois prejudica a nossa economia e penaliza a quem está trabalhando de forma legalizada”, observou.

Ainda na reunião, madeireiros relataram que, após a apreensão, a multa é aplicada no CPF do motorista do caminhão, ao invés de ser na empresa madeireira. E o pior: o material apreendido sem nenhuma perícia oficial é leiloado em até 10 dias, um tempo muito rápido, que não permite sequer a apresentação da defesa.

Vilson Salles se comprometeu em buscar uma solução junto à Sema do Mato Grosso. “Vou acionar a secretaria e verificar o que está ocorrendo”.

Os madeireiros asseguraram que estão agindo dentro da lei e que não pedem nenhum benefício ilegal, mas apenas que os direitos sejam respeitados e que não sejam marginalizados.



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