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SAÚDE

Mais de 50% dos óbitos por Covid-19 entre moradores de Guajará, RO, foram registrados em outras cidades; entenda

Cidade de fronteira tem um hospital de campanha para tratamento de pacientes com a doença, mas não possui leitos de UTI

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Publicado: 23/07/2020 às 15h43min

Hospital de Campanha de Guajará-Mirim não tem leitos de UTI, e por isso casos graves da doença são enviados para Porto Velho — Foto: Divulgação

Guajará-Mirim (RO) registrou 66 mortes pela Covid-19 até a manhã desta quinta-feira (23), no entanto, mais da metade dos óbitos foram registrados em Porto Velho (RO). Como a cidade não tem leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), os casos graves são encaminhados para a capital.

Segundo o último boletim divulgado pelo Governo de Rondônia na quarta-feira (22), Guajará tem 1.973 casos confirmados da doença e pelo menos 1.224 recuperados.

A primeira morte causada pela Covid-19 em Guajará-Mirim aconteceu no dia 23 de abril, pouco menos de um mês após o primeiro óbito registrado em Porto Velho pelo vírus. Desde então, Guajará-Mirim passou a ser um dos municípios do estado que mais registraram mortes pelo novo coronavírus, e atualmente ocupa o segundo lugar em número de óbitos, ficando atrás apenas da capital.

Em 4 meses de pandemia, as mortes pela Covid na cidade de fronteira aumentaram. Em abril, um óbito foi registrado. No mês de maio o número cresceu para 19 mortes. Em junho, os números aumentaram mais uma vez e 23 novos óbitos foram registrados. A menos de 10 dias para o mês de julho terminar, Guajará-Mirim já registra outras 23 novas mortes causadas pelo vírus.

Apesar do alto índice de óbitos, mais da metade das mortes pelo novo coronavírus entre habitantes de Guajará aconteceram na capital. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) do município, das 66 mortes: 36 foram em Porto Velho, 29 em Guajará-Mirim e 1 em Ariquemes.

Isso acontece porque apesar de Guajará-Mirim ter hospital de campanha para tratamento de pacientes com suspeita ou confirmados com a doença, a cidade não tem leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e os casos graves são encaminhados para Porto Velho. As mortes são contabilizadas para a cidade de origem do paciente.

Fonte: G1RO



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