Na manhã de ontem, os funcionários das empresas de transporte coletivo Três Marias e Rio Madeira realizaram uma paralisação de trinta minutos na avenida Sete de Setembro. O ato foi motivado pela abertura do edital de chamamento público com objetivo de contratar nova empresa para fazer o transporte coletivo na cidade. A empresa que ganhar o certame cumprirá um contrato de seis meses prorrogável por igual período, no valor de R$ 27 milhões.
De acordo com o presidente do Sitetuperon (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Coletivo Urbano), Edilson Pereira, os 1,2 mil funcionários das empresas estão preocupados, pois desde que se fala na contratação da nova empresa, nenhuma satisfação foi dada aos trabalhadores acerca de como ficará a situação deles. “Ninguém sabe se terá seu emprego garantido pela nova empresa, ou se serão mandados embora. O fato é que os trabalhadores decidiram fazer essa paralisação não para prejudicar a população, mas para chamar atenção do poder público”, comentou Pereira.
Ainda segundo o presidente do sindicato, até o momento não houve nenhuma resposta da Semtran (Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito) e, nem tão pouco de algum representante da empresa habilitada a continuar no processo licitatório sobre o assunto. “Nós sabemos que existe uma empresa, mas não conseguimos contato com nenhum representante, isso tem deixado os trabalhadores desesperados, pois são várias famílias que dependem desse emprego pra sobreviver, então eles precisam de uma resposta”, pontuou.
Contudo, de acordo com o coordenador de Transportes da Semtran, Everton Kemp que esteve na avenida Sete de Setembro para verificar o motivo da paralisação, os trabalhadores além de cobrar resposta sobre a permanência no serviço, cobravam ainda os salários atrasados. Kemp informou ainda que a nova empresa que assumir o transporte coletivo na capital, não tem obrigação alguma de contratar os funcionários das atuais empresas, no entanto, o prefeito Mauro Nazif, garantiu em reunião junto ao sindicato que pleiteará junto à empresa vencedora do certame que mantenha o maior número de funcionários possíveis. “A intenção do prefeito é fazer gestão junto as empresas e garantir que esses profissionais não fiquem desassistidos, esperamos conseguir sim fazer com que eles tenham seus empregos nessa empresa que entrará, mas ainda dependemos de conversa junto à vencedora”, informou o coordenador.
A previsão para que a empresa comece de fato a operar na cidade é de 45 a 60 dias. O prazo de duração do contrato temporário será de seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis meses. Após a contratação dos serviços de emergência, a prefeitura iniciará o processo para a licitação de serviços efetivos na operação do sistema de transporte público em Porto Velho, que segundo o secretário municipal de Administração (Semad), Mário Medeiros, poderá ter vigência de contrato de dez ou vinte anos.