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RONDÔNIA

Movimento de cargas no porto aumenta 13,02%, em quatro anos

O Porto Organizado da capital movimentou um total de 2,9 milhões de toneladas de cargas, entre janeiro e setembro de 2014. Isso representa..

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Publicado: 08/12/2014 às 10h20min | Atualizado 28/04/2015 às 08h25min

A7 - Segunda 910O Porto Organizado da capital movimentou um total de 2,9 milhões de toneladas de cargas, entre janeiro e setembro de 2014. Isso representa um crescimento de 13,02% em relação ao mesmo período em 2013, quando o movimento de carga e descarga foi de 2,5 milhões de toneladas.
No período de quatro anos houve um acréscimo de um milhão de toneladas de cargas, entre importações e exportações, obtendo-se o crescimento de 2,4 milhões de toneladas para 3,4 milhões. Isso significa uma média de dez balsas por dia descendo o rio Madeira somente, sem contabilizar outros portos privados que exportam a produção de Rondônia e norte do Mato Grosso, e importam os produtos necessários ao Estado.

“São dados referentes ao porto público. Portos privados atuam a jusante do terminal, movimentando até 11 milhões de toneladas”, comenta o diretor presidente da Soph (Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia), José Ribamar da Cruz Oliveira.

Ele estima até o último dia de 2014, computar a movimentação de quatro milhões de toneladas, o que representaria um salto de quase 20% em relação a 2013. Para dar suporte a esse crescimento, a medida mais viável foi promover investimentos, assegurou o diretor.
Estima-se que até 2018, essa movimentação alcance cinco milhões de toneladas, conforme estudos feitos pelo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Porto Velho. Isso significa o incremento de um milhão de toneladas de granéis sólidos e outras 600 mil toneladas de carga geral.
Diariamente, circulam pelo terminal portuário cerca de 400 caminhões, transportando os mais variados tipos de cargas: soja, milho, cimento, carnes, combustíveis, alimentos perecíveis e não-perecíveis, contêineres, automóveis, cargas gerais e especiais, entre elas, peças de grande porte, a exemplo das que são utilizadas nas hidrelétricas do rio Madeira.

A maior parte dos produtos movimentados abastecem o mercado regional, mas alcançam mercados internacionais. Grãos, por exemplo, saem de Porto Velho para Itacoatiara (AM), pela Hidrovia do Rio Madeira.

Segundo o diretor da Soph, no período de janeiro a setembro deste ano, a quantidade de carga embarcada totalizou 2,4 milhões de toneladas, enquanto no ano anterior não passou de 452,1 mil toneladas desembarcadas, o que representa o montante de 84% de cargas de embarque e 16 % de cargas desembarcadas.

Dez anos depois, ampliação é tudo

O governo do Estado viabilizou na Secretaria de Portos da Presidência da República investimentos de R$ 22,7 milhões em equipamentos e obras, para modernizar e revitalizar o Porto. Esses recursos constam no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal e serão aplicados na substituição de antigos equipamentos, entre os quais, rampas ro-rocharriot, que serão substituídas por rampas ro-ro flutuante; aquisição de guindaste fixo com capacidade de quatro vezes mais que os atuais; empilhadeiras para apoio aos operadores portuários; ampliação em 50 metros no cais flutuante; construção de novo armazém para carga geral; recapeamento de todas as vias internas e iluminação de todo o terminal além do investimento em tecnologia da informação com a aquisição de sistema de gestão portuária, todos equipamentos modernos e eficientes.
Por natureza de carga, destacam-se os granéis sólidos. A rota alternativa possibilitada pelo porto da capital para o escoamento de grãos pelo município amazonense de Itacoatiara facilita a situação dos produtores e comerciantes do ramo estabelecidos nas regiões sul de Rondônia e norte de Mato Grosso.
Estrategicamente situado, o Porto Público, tem se destacado no escoamento de produções regionais e nacionais. “Temos vantagens competitivas que possibilitam atrair novos importadores e exportadores”, assinala o diretor da Soph, José Ribamar da Cruz Oliveira. “A localização geográfica e a infraestrutura adequada do porto despertam o interesse de empresários e instituições em conhecerem nossas instalações”, justifica.
Para elevar a capacidade de importação e exportação de cargas, a Soph desenvolveu o Plano de Modernização Portuário, que tem a finalidade de realizar investimentos para atender à necessidade reclamada pelos usuários do setor há mais de mais de uma década.

No primeiro semestre de 2014, o governo Estadual investiu mais de R$ 7,2 milhões na melhoria da infraestrutura portuária. Também promoveu treinamentos capacitação da guarda portuária.

Criada pela Lei nº 729, em 14 de julho de 1997, a Sophé uma empresa pública cujas atividades começaram a partir da assinatura do Convênio de Delegações nº 06.

Ela tem personalidade jurídica de direito privado, autonomia administrativa, técnica, patrimonial e financeira, que tem por finalidade executar a política estadual de transporte aquaviário, abrangendo a implantação, construção, manutenção e melhorias de portos, hidrovias e vias navegáveis, bem como exercer a administração e exploração de toda a infraestrutura aquaviária do interior.

Sistema eletrônico Inspeção

O diretor da Soph, José Ribamar da Cruz destacou ainda o Projeto de Solução Integridade de Monitoramento Elétrico, constituído por câmeras de segurança, controle de acessos de portões, cancelas automáticas, sistema de alarme e detectores de metais, e a instalação de uma subestação para atender às empresas que trabalham com contêiner reefer, para o transporte de cargas refrigeradas.
Os projetos viabilizam com recursos de R$ 1,67 milhão do Pidise (Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de Rondônia) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Segundo Oliveira, a instalação do sistema de monitoramento adequado obedece a normas vigentes e requisitos básicos de segurança portuária editados pela Secretaria de Portos e Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis.
A partir de 2016, o porto de Porto Velho necessitará expandir suas instalações para atender à demanda prevista e melhorar os seus acessos rodoviários para evitar maior o colapso do transito no centro da cidade, especialmente no período de safra.

Complexo

Caminhões deixarão  área central

A direção da Soph informa que está em pleno vapor a construção do Complexo Portuário e Industrial Rio Madeira, ocupando uma área de 110 hectares, não computadas as instalações do grupo Amaggi, contra os atuais 25 hectares, incluindo-se a área do porto graneleiro.

O empreendimento vai incorporar pequenas, médias e grandes operadoras com infraestrutura adequada para todos os tipos de carga, desde combustíveis, lubrificantes e derivados de petróleo de forma geral, granéis sólidos e contêineres. Serão instaladas estruturas distintas de movimentação de carga, espaços para estocagem ou distribuição, espaço para estacionamento de caminhões e até um aeroporto para pequenas aeronaves.

Cabe também à Soph o papel de fiscalizar e promover a preservação dos recursos naturais que interagem com a atividade portuária e aquaviária.
Fruto de parceria público-privadas entre os governos Estadual e Federal e iniciativa privada, o empreendimento começa a operar já em janeiro de 2015 com o novo terminal de grãos do grupo Amaggi. Com a previsão de investimento de R$ 400 milhões, o empreendimento vai tirar da área central da capital o tráfego de caminhões pesados do transporte de grãos.

O tráfego será direcionado ao novo porto inicialmente pela avenida Guaporé e Estrada da Penal, até que as obras do Arco Norte permitam o acesso à região de Porto Chuelo. Serão beneficiadas todas as operadoras instaladas nas dependências atuais, especialmente aquelas que operam com gás de cozinha e petróleo, importadoras e exportadoras.



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