Sob a acusação de ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete aumento de despesa total com pessoal, nos 180 dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura, o prefeito de Chupinguaia, Vanderlei Palhari, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPE). O crime previsto no artigo 359-G do Código Penal prevê pena de reclusão de um a quatro anos.
De acordo com o MPE, foi apurado que a despesa líquida com pessoal, no primeiro semestre de 2012 (quando o prefeito concorreu à reeleição) foi de R$ 12,5 milhões e no segundo semestre passou para R$ 13,1 milhões, um acréscimo de R$ 565,4 mil (5,67%).
Conforme levantado nas investigações, o denunciado, utilizando-se de artifício fraudulento, deixou de empenhar, no mês de dezembro de 2012, parte do valor referente à folha de pagamento, no total de R$ 873,7 mil, despesas essas obrigatórias e de caráter continuado.
GASTOS
Em março do ano passado, Vanderlei Palhari foi alvo de apuração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores, acusado de possíveis irregularidades no transporte escolar. O relatório da CPI apontou indícios de envolvimento do prefeito.
Na ocasião, o ex-chefe de Transporte, Manoel Francisco do Nascimento Netto, em depoimento afirmou que Vanderlei Palhari tinha conhecimento das ilegalidades. Netto acabou pedindo exoneração do cargo por não compactuar com as irregularidades, que ocorriam já em anos anteriores, com gastos exorbitantes de combustível.