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Diário da Amazônia

Mulheres do Século XXI: a carreira ao invés da família

MULHERES DO SÉCULO XXIA CARREIRA AO INVÉS DA FAMÍLIA

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 08/03/2019 às 09h57min

Divulgação

Antigamente as mulheres desde muito cedo sabiam a que vinham ao mundo, casar e cuidar de suas obrigações domésticas e ter filhos era sua sina, como era costume nos séculos passados mais especificamente até o século XIX, a partir daí isso vem mudando. Acontece que as mulheres ganharam espaço no mercado de trabalho e foram em busca de emprego e por conseguinte sucesso na carreira. Algumas dessas mulheres têm optado por não terem filhos e trocam a maternidade por diplomas de nível superior. Hoje tem se tornado comum, embora muitos ainda acham que mulheres dever por obrigação se casar e ter filhos, a família tradicional de comercial de margarina, o contrário disso, ainda é visto com maus olhos.

A antropóloga Mirian Goldenberg diz: “como já se constata com toda força nos países mais desenvolvidos, muitas brasileiras não se sentem mais presas ao conceito de que felicidade passa necessariamente pela maternidade”.

INDEPENDÊNCIA

As mulheres passaram a ter controle sobre si mesmas, a partir do momento que surgiu a pílula anticoncepcional em meados do século XX e o direito ao voto em 1933, e porque não ter a liberdade de escolher sobre a vida que querem ter, com ou sem filhos.

Boa parte das brasileiras trabalham fora, mais de 50% que ao final da década de 60. Casamento e filhos vão sendo empurrados para frente em busca do sucesso profissional. Essa realização atinge seu pico depois dos 40 anos quando essas mulheres sentem que o momento de serem mães ficou para traz. Quanto mais bem-sucedidas forem mais elas têm se encorajado e desviado do conceito que sempre foi visto como destino inescapável das mulheres.

SER MÃE

Para os filósofos existencialistas diferente do que acontece com os animais nada ou quase nada pode ser considerado natural no ser humano, então ser mãe não é tão natural assim para algumas mulheres. Mulheres que não davam filhos a seus maridos eram consideradas e se sentiam incompletas e quem já não ouviu aquela bendita frase de algumas mulheres : “que tenho quase tudo só falta um filho”?! isto vem sendo mudado e podemos ver mulheres em plena satisfação pessoal sem filhos. Embora ainda iremos ver muitas mulheres bem-sucedidas, casadas e com filhos.

Famílias sem filhos jamais serão maioria nas estatísticas.

FAMÍLIA PADRÃO

O demógrafo Tomas Sobotka diz: “não vejo nenhuma força que estimule homens e mulheres do mundo atual a retornar ao antigo padrão de famílias numerosas.” E isso também não deve ocorrer, pois no Brasil a média nacional é de 1,9 filho por mulher, quando a média do índice de reposição é de 2,1 por mulher.

O FUTURO

Pesquisadores já estão estudando as consequências que esse fator poderá causar, caso esse dado continue crescendo, desestabilização dos sistemas previdenciários com o aumento de idosos é uma consequência, mas também há um fator positivo com menos crianças pode-se investir mais e melhor em cada uma delas, daí surge o desafio fazer mais com menos gente.

DIFERENÇAS SALARIAIS E O INVESTIMENTO NA CARREIRA AINDA SÃO FORTES OBSTÁCULOS

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015, realizada pelo IBGE, no Brasil o rendimento médio dos brasileiros era de R$ 1.808. A média de salário masculino era de R$ 2.012, enquanto a mulher tinha média salarial de R$ 1.522. Analisando Estado a Estado, o Distrito Federal possui a maior diferença e Roraima a menor. As diferenças salariais em relação ao gênero não mudam quando se adiciona o fator educação já que os homens sempre ganham mais, sem importar o tempo de estudo.

Outro dado é do Índice Global Gender Gap do Fórum Econômico Mundial que estuda a igualdade de gênero de 144 nações desde 2006. A pesquisa analisa as desigualdades entre homens e mulheres considerando dados relacionados a trabalho, saúde, educação e política.

Um exemplo interessante para que os brasileiros olhem com atenção e repensem algumas políticas trabalhistas é a Islândia. Em 2018, o País virou o primeiro a tornar a igualdade salarial obrigatória. A partir de agora é proibido que homens ganhem mais do que mulheres em órgãos governamentais e empresas do setor privado com mais de 25 funcionários. Os empregadores que não cumprirem com a lei irão arcar com multa.

Na topo da lista do índice de igualdade de gênero de 2017, estão Islândia, Noruega e Finlândia. A Islândia já completou nove anos ocupando o primeiro lugar! O Brasil está em 90º lugar. A informação chega como infelicidade já que em 2016, o País ficou em 76º lugar. Apesar do dado, as brasileiras continuam em busca de melhores cargos e salários!

Segundo dados do Ministério do Trabalho baseados na Rais, em 2016 as mulheres receberam o equivalente a 84% do salário dos homens no Brasil. Essa informação já é um pouco maior do que a de 2015, ano em que esse número era de 82%. Isso é já o começo de uma mudança que é resultado da forte presença feminina. E o investimento na carreira é parte essencial para que essa presença se torne cada vez mais forte.

A situação feminina pode ficar mais clara quando se analisa alguns dados de 2017 fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostram que as mulheres passam mais tempo do que os homens quando se soma as horas de trabalho dentro e de fora de casa.

As mulheres empregadas trabalham em média 54,5 horas por semana, sendo 36,5h no emprego e 18h em casa. Enquanto isso, os homens empregados trabalham, em média, 51,6 horas por semana, sendo 41,1h no emprego e 10,5h em casa.



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