Porto Velho/RO, 21 Março 2024 15:09:56
RONDÔNIA

Nova revitalização custará R$ 950 mil

A obra foi dividida em três etapas. A 1° já foi liberada e será concluída em 30 dias.

Por Ariadny Medeiros Diário da Amazônia
A- A+

Publicado: 05/07/2015 às 05h05min | Atualizado 07/07/2015 às 08h39min

Na 1° fase será feita uma reforma na estação, limpeza  e pequenos reparos . Na fase seguinte será feita a iluminação

Na 1° fase será feita uma reforma na estação, limpeza e pequenos reparos . Na fase seguinte será feita a iluminação Roni Carvalho/Diário da Amazônia

Na última quinta-feira, a Fundação Cultural de Porto Velho (Funcultural) anunciou o início das obras de reforma da praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), contudo a reforma ainda precisa da autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para ser executada, uma vez que a ferrovia é Patrimônio Cultural Brasileiro.

Segundo o diretor do departamento de arte e cultural da Funcultural, Flávio Morais, a primeira etapa da obra foi liberada e será concluída em 30 dias e a empresa contratada para o serviço já está com equipe e maquinário no local. No total a obra vai custar R$ 950 mil – incluindo as três etapas e será entregue até o final do ano.

Fávio explica que na primeira fase será feita uma reforma na estação, limpeza do local e pequenos reparos. A obra será realizada pela empresa Construtiva com recurso da Prefeitura Municipal de Porto Velho proveniente da Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb). No espaço vai funcionar a sede da Fundação Cultural de Porto Velho, o Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e também a associação dos ex-ferroviários.

Reocupação do Patrimônio Cultural Brasileiro

Ainda segundo o diretor, essa primeira fase também é uma estratégia do poder público para reocupar o espaço, pois o que foi feito em manutenção se perdeu com atos de vandalismo e roubo. “Com a reocupação serão colocados 3 vigias que trabalharão 24 horas por dia para proteger o patrimônio”, diz Morais.

A sede da Funcultural e o CAT  já estão recebendo reparos

A sede da Funcultural e o CAT já estão recebendo reparos

Não haverá nenhuma nova construção e as fases seguintes serão de iluminação do local e em seguida a reforma da área externa. A última etapa inclui o deck, estacionamento, construção de banheiros, colocação de novos postes, bancos e a definição da manutenção do espaço.

Para a execução do projeto de reforma da Praça foi levado em consideração os estudos da defesa civil e os relatórios da Agência Nacional de Águas (ANA) sobre uma possível nova enchente. Segundo os dados do projeto a cheia do rio Madeira em 2014 foi uma excepcionalidade “não se tem previsão de uma cheia naquela proporção”, afirmou o diretor.

A expectativa após a conclusão da obra é melhor aproveitar a Praça e a realizar diversas atividades culturais. A ideia é ter uma recepção feita pelos ex-ferroviários que conduzirão um passeio de cegonha pelo local, contando sobre a história da EFMM na visão deles. Outra proposta será o aproveitamento dos galpões para artesanato e também atrações como cinema. A proposta é fazer um calendário cultural para o anfiteatro e proporcionar a visitação das escolas.

Zelo pelo patrimônio público

Tão importante quanto reformar e cuidar do espaço que será de todos. É necessário se passar por um processo de educação patrimonial, conclui Flávio: “É importante que as pessoas valorizem aquilo enquanto patrimônio público, que é delas também”, relatou.

O desejo de trazer o patrimônio para o cotidiano das pessoas, mas que ainda existe um logo caminho a percorrer. O diretor acredita que possivelmente a cheia do ano passado proporcionou a união de muitas pessoas, que perceberam a relevância de cuidar bem do que possuem. No projeto serão instaladas várias lixeiras para a conservação da limpeza do local.

Lazer e comércio da região

A revitalização da Praça será fundamental para alavancar o comércio na região. A artesã Maria Divina, 50, que trabalha há três anos no local, conta que o espaço sempre recebeu muitos turistas, mas que está abandonado agora. Acredita que com a reforma isso vai mudar. “O turismo é fonte de renda, o poder público não vê isso, não valoriza esse espaço”.

Outra comerciante da Praça, Maria da Glória, 73, contou que como a noite não tem luz, é perigoso ficar ali “Tenho medo de vir aqui pela escuridão e perigo”, relata Maria.

 



Deixe o seu comentário