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Diário da Amazônia

O que será no amanhã?

A maioria dos meios de comunicação tem dedicado uma boa parte de suas programações diárias para divulgação do que está acontecendo..

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Publicado: 11/05/2020 às 09h28min

Jacinto Dias – Advogado

A maioria dos meios de comunicação tem dedicado uma boa parte de suas programações diárias para divulgação do que está acontecendo no Brasil e no mundo a cerca do corona vírus, COVID-19.

Tudo é verdade? Não posso afirmar de forma positiva ou negativa, porém, se observarmos os números que estão sendo divulgados, devemos colocar a cabeça, cérebro e algo mais para funcionar.

Quando começamos a fazer uma reflexão em face do assunto, surgem diversas indagações:

Qual tem sido a postura da população no que tange aos cuidados necessários?

Qual tem sido a postura das empresas no que tange aos cuidados necessários e em especial aos clientes?

Qual tem sido a postura dos órgãos governamentais no que tange aos cuidados necessários?

Que dimensão poderá chegar?

O que eu poderei fazer?

O que você poderá fazer?

O que nos poderemos fazer?

Quais as consequências que virão?

Sobre as perguntas acima, podemos fazer um comentário sobre cada uma.

Qual tem sido a postura da população no que tange aos cuidados necessários? Não é uma pergunta fácil de ser respondida, pois a população é composta de pessoas com pensamentos e atitudes variadas. Existem pessoas cuidadosas e pessoas negligentes. Existe cidadão que observar as regras de higienização e outro que não toma a devida cautela, não dá importância, e costuma dizer que tudo é frescura.

Qual tem sido a postura das empresas no que tange aos cuidados necessários e em especial aos clientes? Para esta pergunta é de bom alvitre dizer que as autoridades publicaram diversas normas para serem seguidas, porém, é salutar indagar, se as partes estão cumprindo rigorosamente as determinações? Infelizmente, é de se lamentar, mas não está dando a devida atenção às recomendações. Estamos sendo egoístas.

Egoístas? Sim, pois, não estamos fazendo cumprir aquilo que foi recomendado, no tocante à higienização. É muito fácil de ser notado, basta, ficar alguns minutos nas portas de alguns estabelecimentos comerciais que vamos ver as pessoas entrando sem higienização das mãos, apenas com uma simples máscara.

Tudo bem, o cidadão entra com as mãos sem higienização, vamos dizer sórdidas, pegou sabe lá em que, e começa a manusear os produtos que estão expostos nas gôndolas, e para piorar a situação não faz a aquisição daquele objeto.

Podemos dizer que o cidadão que manuseou os produtos não está contaminado?

Não podemos afirmar nada, mas podemos colaborar com o empresário. Toda vez que formos a um estabelecimento comercial, vamos lavar as mãos, usar o álcool em gel e somente manusear os produtos que iremos adquirir.

No que tange ao comércio, é bom mencionar que nesta semana que passou, foi observado em um estabelecimento a existência de álcool para higienizar as mãos, um aviso para não pegar naquilo que não for adquirir, todos os funcionários usando máscaras e luvas. Que belo exemplo, cujo empresário merece receber todos os elogios e enviar mensagens para parabenizar e dizer que é uma atitude digna de quem deseja o melhor para a população e para a economia.

Qual tem sido a postura dos órgãos governamentais no que tange aos cuidados necessários?

Sobre o ponto acima, pode-se ver que existem algumas atitudes através diversos decretos, que alguns em seguida são revogados e outros são mantidos.

Ocorre que as normas estabelecem obrigações, porém, o poder público não possui capacidade de pessoal para fazer cumprir o que preceitua nos regulamentos. E por diversos momentos não tem dado o devido exemplo em suas hastes, tendo servidores circulando nos recintos sem a devida proteção.

O que eu poderei fazer? O que você poderá fazer? O que poderemos fazer?

Para responder as perguntas, é necessário trazer à baila o texto bíblico de Mateus, capítulo 22, versículo 39 que diz: “…amarás ao teu próximo como a ti mesmo.”

A partir do momento em que se toma medidas preventivas, estará amando o próximo.

Quem é o próximo? Todas as pessoas, sejam elas do nosso convívio ou não.

É salutar mencionar que existe o chamado grupo de risco, que merece todo respeito, pois, já contribuíram com uma grande parcela para se chegar onde estamos hoje.

A sociedade gira através de diversos elos, essa corrente não pode parar. Havendo a ruptura de qualquer instrumento de ligação, toda sociedade sofrerá, e a maior carga cairá sobre os ombros dos menos favorecidos.

Existem atualmente a autorização para o funcionamento de diversas atividades econômicas, e algum momento ouve-se o comentário que poderá haver uma decisão governamental para paralisar todas as atividades. E havendo uma decisão para tal, será muito ruim para todos nós, pois, não tendo o funcionamento da economia, como poderão ser mantidos os empregos? Como será abastecido o mercado? Como o governo manterá as suas despesas, se o empresário, o trabalhador, não estará contribuindo com os seus impostos?

Para concluir cito o texto abaixo, que recebi no WhatsApp, para uma reflexão “O QUE SERÁ NO AMANHÔ.

ERA SÓ MAIS UMA LOJINHA

Era só mais uma lojinha fechada pela Prefeitura durante o COVID-19. Ao fechar “temporariamente” a loja, alguns funcionários foram dispensados e outros tiveram os contratos suspensos. Um dos funcionários desligados teve que parar a faculdade. A faculdade demitiu o professor. O professor cancelou a academia. A academia fechou e devolveu o imóvel. O proprietário do imóvel cancelou a compra de um automóvel. A loja de carros reduziu o quadro de vendedores. Os vendedores reduziram os gastos pessoais no comércio e serviços. Com a redução dos gastos, diminui a tributação. Reduzindo a arrecadação de impostos, a prefeitura não conseguiu pagar os funcionários que entram em greve.

Depois do caos instalado, o prefeito pergunta assustado:

– Tudo isso por uma lojinha? O que ela vendia?

– Esperança, ela vendia esperança.

(Autor desconhecido)

Para termos um amanhã profícuo, vamos amar o próximo, cuidando um do outro, cumprindo as determinações das autoridades e colaborando na prevenção.

 

Por Jacinto Dias – Advogado



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