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Diário da Amazônia

O sonho é do cliente, a solução é Yong Bloog

“Somos artistas responsáveis para contar a história da humanidade e transformar o mundo.”

Por João Zoghbi Diário da Amazônia
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Publicado: 29/10/2017 às 06h45min

Yong mostrando a caixa de efeitos especiais para dramaturgia

Cesar Yong Blood, isso mesmo esse é o seu nome, fala que já nasceu com ‘apelido’ sempre com um sorriso escancarado estampado no rosto de pura felicidade é como constuma recepcionar em seu atelier com muita simpatia, esse paranaense de Telêmaco Borba (PR) a ‘Capital Nacional do Papel’ Centro Oriental do Paraná. Apesar de seus 190.5 cm de altura, longa barba loira, grisalho no auge dos seus 52 anos pelo tamanho da ‘fera’, que já foi segurança, assusta um pouco, mas quando senta à mesa e serve um café para proseiar nem parece o que aparenta ser, é esse cara legal que todo mundo conhece. Chegou dia seis de junho de 1990 em Porto Velho entre idas e vindas de sua cidade natal, Porto Velho e Manaus lá se vão quase trinta anos. Na ida recente a Manaus, onde ficou uma temporada, conheceu Eva Pereira artista plástica, maquiadora, figurinista e esposa.

Se desligou do Paraná e de sua profissão como Agente de Polícia e se transformou em um artista de mil técnicas produzindo coisas belas para decoração com habilidades em escultura, desenho, pintura, produção artística para teatro, cinema e alegorias gigantescas de carnaval e bois-bumbás, efeitos especiais, maquiagem e tantas outras técnicas de acordo com o desejo do cliente:

“Duas vezes me aconteceu em que foi decisivo para seguir o caminho da arte. Na oficina de meu pai o engenheiro civil Waldomiro Yong Blood, onde produzi uma coleção de esculturas em pinos. Havia adoecido e meu pai me levou no médico da família e o doutor me perguntou o que eu fazia da vida além de estudar e, lhe disse que era artista fazia escultura em madeira, e me pediu para levar para ele ver minha produção. Na escolha acabou comprando tudo e a segunda foi quando cheguei em Porto Velho fui trabalhar de segurança e meu patrão tinha várias tábuas de pinho pra se livrar delas me vendeu por um bom preço, produzi várias peças em entalhe e uma cliente pediu para mostrar toda a coleção e na escolha ela também comprou tudo. Segui em frente e até hoje estou engajado na arte”, sorrindo lembra Yong.

Para variar ele se transforma no próprio personagem que produz e, mexe com seu coração num sentimento lúdico a exemplo de sua família no Paraná, ‘meu pai e minha mãe Leonor, minhas tres irmãs Rita, Anadir, Márcia e eu, na noite de Natal servíamos o jantar para as crianças e pessoas carentes do bairro onde morávamos, depois a gente sentava junto e agradecia a Deus por mais uma noite feliz de Natal’. Com essa memória de infância Yong resolveu reviver ‘Papai Noel das Crianças Carentes’. “Desde quando me propus a fazer o Papai Noel em várias atividades arrecadando brinquedos para as crianças cerca de dois mil brinquedos e depois saía com o ‘Gira Mundo’ meu grupo de motociclistas e íamos distribuir os brinquedos para as crianças carentes em quase todo os bairros de Porto Velho e distritos”, diz o artista.

Inovou nas alegorias, fantasias e nas estruturas dos carros alegóricos deixando mais leve e mais barato, economicamente tanto no carnaval quanto no boi-bumbá: “Levei também maquiagem realista, efeitos expeciais, figurino, cenografia e cenotécnica para a ‘Jerusalém da Amazônia no Espetáculo ‘O Homem de Nazaré’ foi uma experiência maravilhosa fiz o cenário o figurino, a maquiagem e interpretei, construção completa do personagem”. Saudosamente, concluiu, Yong.



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