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RONDÔNIA

Obras na Estrada da Penal e Anel Viário estão paralisadas

As obras estão paralisadas desde outubro de 2018 após a chegada do período chuvoso.

Por SARA CICERA Diário da Amazônia
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Publicado: 06/05/2019 às 17h55min | Atualizado 07/05/2019 às 09h26min

Foto: Roni Carvalho

As obras de pavimentação da RO-005, a Estrada da Penal, e a construção do Anel Viário, localizado na BR-364, que dá acesso aos portos de grãos, em Porto Velho, estão paralisadas desde o final do ano passado. De acordo com os moradores que residem na região da Estrada da Penal, os serviços que são de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER-RO), foram suspensos por causa da intensidade das chuvas ocorridas nos últimos meses. A população cobra melhorias para o local e reclama da paralisação dos serviços de asfaltamento. A atual realidade da estrada é de total abandono.
Segundo os moradores da região, a estrada da Penal está em péssimas condições de trafegabilidade. Vários trechos da estrada que ainda não foram pavimentados estão cheios de buracos e crateras enormes, além dos locais com atoleiros, causados pelo período chuvoso. Eles ainda relataram que um trecho da via, que estava em situação precária, foi restaurado por duas empresas que administram portos de grãos na Estrada da Penal. Os residentes do local afirmaram que o DER-RO, desde outubro do ano passado, não deu mais nenhuma assistência ao trecho da estrada que não foi pavimentada.
Luiz de Souza mora na região há 10 anos e conta que a realidade da estrada sempre é a mesma. “Aqui a situação sempre é a mesma. No inverno é mais complicado ainda, tem muitos buracos e terraplanagem não existe. Aqui está abandonado. O poder público não está fazendo nada para nós que moramos aqui”, disse, indignado, Luiz de Souza.
Para o comerciante Aparecido de Sousa, a situação já esteve muito pior do que está agora. E a outra preocupação é com a poeira que se aproxima com o verão amazônico. “Infelizmente a nossa situação aqui é muito precária. Depois da lama, dos buracos, nós vamos ter que enfrentar agora a poeira, que prejudica todo mundo. As obras do DER estão paralisadas desde o ano passado e, segundo informações que passaram pra gente, é que as obras não vão retornar, nunca mais vimos o DER por aqui”, confessou o comerciante.
O Diário da Amazônia se deparou com pelo menos cinco carretas quebradas na rodovia Expresso Porto, também chamada de Anel Viário, que se inicia da rotatória da Estrada da Penal até o perímetro do Hospital de Amor da Amazônia, na BR-364. O descaso do poder público faz com que a situação se torne mais onerosa para os caminhoneiros que necessitam de trafegar pelo local para descarregar suas mercadorias, e para moradores que também dependem da via. Segundo os caminhoneiros, os prejuízos são constantes, como por exemplo, pneus estourados, molas quebradas, para-choques danificados entre outros.
“Essa estrada aqui está ruim demais. Ta complicado. O poder público abandonou isso aqui. Eles não querem que o caminhão pesado passe por dentro da cidade, mas pelo menos, tinham que dá assistência para esse local. Meu caminhão quebrou aqui em decorrência da quantidade de buracos que tem aqui. Estou aqui tentando consertar para voltar a trabalhar. Toda semana eu passo por aqui”, disse o revoltado caminhoneiro Braz Teixeira, que trabalha há 28 anos com grãos. Por meio da sua assessoria, o DER informou que no período de chuva não faz terraplanagem, mas que nos últimos meses o Governo trabalhou para manter a conservação do trecho não pavimentado. Por conta do período de chuvoso ainda não retornou as obras no local. Até o momento não há previsão para o retorno das obras.
OBRAS
A realização da obra que prevê 31 km de asfalto na rodovia, a partir do presídio Urso Branco até a escola Chiquilito Erse, no entroncamento do Ramal Aliança, via de acesso ao distrito de São Carlos, no Baixo Madeira, é uma promessa do governo passado. O valor a ser investido no local é em torno de R$ 40 milhões para asfaltar uma das principais vias de escoamento da produção de grãos de Rondônia, vez que garante acesso aos portos Amaggi, Bertolini e Kargill. Os serviços da Estrada da Penal e do Anel Viário foram iniciados em agosto de 2017.


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