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Diário da Amazônia

Óleo ao redor de navio encalhado no Maranhão já atinge quase 1 km

O Ibama e a Marinha trabalham juntos para descobrir o volume do líquido despejado. Dois voos monitoram a mancha

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Publicado: 28/02/2020 às 18h50min

O Ibama constatou na manhã desta sexta (28/02/2020) uma mancha fina de óleo ao redor do navio Stellar Banner, que está encalhado a cerca de 100 km da costa do Maranhão. A inspeção constatou que o líquido saiu do porão da embarcação e já abrange um raio de aproximadamente 830 metros do navio.

Agora os agentes estão mobilizados para descobrir a quantidade de resíduo despejado no oceano. O cálculo do volume de óleo será realizado nas próximas horas, assim como outros dois voos com o objetivo de monitorar a mancha. O Ibama divulgou uma fotografia (em destaque), feita por satélite, do navio e de seu arredor. Na imagem, as manchas mais claras, esmaecidas, são o óleo que cerca a embarcação.

A Polaris, empresa proprietária do navio, acredita-se que o óleo observado no local seja resíduo do “óleo morto” que estava no convés, não vazamento dos tanques de combustível.

A empresa contratou uma equipe especializada para lidar com o problema. De acordo com as informações da Polaris, os tanques estão intactos, a casa de máquinas está seca e os motores de geração de energia estão em funcionamento.

A Marinha e o Ibama não descartam o risco de vazamentos no navio. Atualmente, a embarcação segue encalhada e com 300 mil toneladas de minério de ferro, além de quatro milhões de litros de combustível e óleo. Se houver vazamento, todo o material pode se espalhar pelo litoral.

A empresa responsável pelo návio

O comandante da Capitania dos Portos, Alekson Porto, em entrevista nesta quinta-feira (27/02/2020), afirmou que o navio colidiu com algo não identificado.

“O comandante tinha efetuado um movimento de varação, que é colocar a embarcação em um banco de areia, justamente para evitar que ela naufragasse. A embarcação então está em encalhada e o comandante informou que tem embarque de água por alguns tanques vazios a bordo, chamado ‘pick-tanks’, e, a partir das 2h da manhã, do dia (25/02/2020), o comandante avaliou que a segurança da tripulação estava em risco pela inclinação que o navio teve para a direita. Pediu auxílio para os rebocadores que estavam na área e eles migraram para os rebocadores”, afirmou o comandante

Riscos

A Marinha afirmou que o risco de naufrágio é pequeno. Há, atualmente, quatro rebocadores na região para agir em caso de emergência.

“É muito cedo para poder dizer alguma coisa. A empresa vem acompanhando e empregando dois navios do 4ª Distrito Naval de São Luís, um com previsão de chegada nas próximas 24h e outro no sábado (29/02/2020). Hoje nós temos uma aeronave no local, que se apresentou à cena de ação e está com o nosso chefe do gabinete de crise. Hoje a embarcação está encalhada, na região não tem profundidade suficiente para cobrir a embarcação”, afirmou o comandante.

Fonte: Metrópoles



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