“Os trilhos não é lugar de vender bebida nem alimentação” diz o ex-ferroviário e presidente da Associação José Bispo após denúncia da construção de quiosques em cima dos trilhos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
A construção de quiosques em cima dos trilhos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré desagradou o Sindicato dos ex-ferroviários da EFMM. O ex-ferroviário destaca que a nova construção vai de contramão ao projeto.
“Arrancaram os trilhos e agora o trem não pode passar. Também fizeram os containers nas linhas, como que a litorina vai chegar na estação? Não sei de quem foi essa cabeça oca de inventar uma armação dessa aí. Eu vou denunciar ao Ministério Público esse grande erro que houve”, disse o Presidente do Sindicato dos Soldados da Borracha.
José reafirma que o trem tem que chegar à estação e não só no Cai N’Agua. “É uma falta de respeito, passaram por cima da lei”, disse.
O vice-presidente da Associação George Teles também destaca que a legislação patrimonial deve ser respeitada. “Esse é um bem tombado, esse quiosque não pode ficar aí. Isso é uma afronta que estão fazendo com um bem tombado. Nós não somos contra o quiosque, coloquem em outro local. Mas a gente vai fazer uma representação ao Ministério Público Federal e Estadual e se for preciso um mandato de segurança para que coloquem em outro local”, pontuou.
A Madeira Mamoré é um marco no processo civilizatório de Rondônia. Seu processo de tombamento se iniciou em 1999 e foi concluído em 2006.