Os pais precisam resgatar essa presença com os filhos, estar juntos e dar mais atenção a essa criança
Pais ausentes, com pouca paciência e incompreensivos geram retrocesso no processo de formação de crianças e adolescentes, dizem os psicólogos, pedagogos e terapeutas familiares. Para compensar, utilizam jogos eletrônicos e mídias digitais para entreter; e ainda transferem a responsabilidade para avós, babás e gestores e educacionais, como forma de atenuar sua negligência.
Os pais do século XXI estão sempre muito ocupados. A jornada de trabalho aumentou, e com ela, o nível de estresse. Para driblar o cansaço e o esgotamento físico, dedicam menos tempo na companhia dos filhos. Alguns passam o dia na creche, média de 11 horas. Saem as 07h00 e só encontram as 18h00.
“Os pais precisam resgatar essa presença com os filhos, estar juntos e dar mais atenção a essa criança. Mesmo com toda a dificuldade que a gente enfrenta. Temos que dar qualidade a essa presença, não é quantidade, e sim qualidade, seja brincando e até conversando com eles.”, ressaltou Euler Lousada, pedagogo e terapeuta familiar. (mais…)
A responsabilidade é dos pais
A transferência de responsabilidade é o mal do século. “Precisamos repensar, eu não posso eximir do meu papel. Não são os avós que educam, nem os professores e muito menos as babas, são os pais, porém com essa falta de tempo, resvala na negligência do amor com os filhos”, alertou.
A ausência de limites para os filhos precisa ser repensada, diz a psicóloga Michelli Beni. “A gente precisa dar tempo de qualidade para as crianças, e impor limites, muitas vezes em função da culta, e dos cuidados que são terceirizados, os pais acabam falhando e muito”,destacou Michelli.
“Nós precisamos cuidar desse afeto. O afeto como se fosse uma fita isolante do celebro. O que significa isso, se nós não colocarmos esse afeto em nossas crianças elas não vão conseguir ter sua própria alto estima. Se ela ficar muito tempo sem limites, deixa de instituir a lei’, alertou
A jornalista Elisangela Bandeira, mãe da pequena Isabela de Assis, de 1 ano de dois meses reconhece, “está bem mais difícil educar os filhos nos dias de hoje. As crianças são muito estimuladas e as informações são constantes. Manter os valores e princípios é uma missão bastante árdua. O tempo parece que ficou mais curto, e sempre falta tempo. Hoje temos que ter tempo para eles. Essa atenção garante uma formação saudável.”detalhou Elisangela
